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Pacientes adultos com leucemia linfoblástica aguda (LLA) contarão com nova opção de medicamento no SUS
Uma nova opção de tratamento ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) passa a contemplar pacientes adultos com leucemia linfoblástica aguda (LLA) de células B, cromossomo Philadelphia negativo e que atingiram remissão completa, mas ainda apresentam doença residual mínima (DRM). Trata-se da incorporação do medicamento blinatumomabe, um avanço importante no cuidado a esse grupo de pacientes, que permite reduzir o risco de recaída e aumentar as chances de sobrevida ao eliminar células cancerígenas remanescentes após o tratamento inicial.
A decisão do Ministério da Saúde, com base em recomendação favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), considerou os benefícios clínicos demonstrados em estudos científicos, que apontaram ganhos na sobrevida livre de doença e no controle da progressão da LLA. O medicamento, que já estava incorporado ao SUS para tratamento de pacientes pediátricos, agora passa a ser ofertado também para adultos.
O blinatumomabe é uma terapia que reforça o sistema imunológico do próprio paciente no combate à leucemia. Ao atuar como uma “ponte” entre as células de defesa e as células doentes, o medicamento orienta o organismo a identificar e eliminar o que ainda resta da doença, mesmo após a remissão. Dessa forma, reduz o risco de recaídas e amplia as chances de um desfecho positivo para quem enfrenta a LLA com doença residual mínima.
Entenda a doença
A leucemia linfoblástica aguda (LLA) é um tipo de câncer que afeta o sangue e a medula óssea, o que provoca o acúmulo de células doentes no organismo. Os sintomas mais comuns incluem febre, perda de peso, sangramentos, manchas roxas pelo corpo, cansaço, palidez e infecções frequentes.
Na maioria dos casos, a LLA não está associada à mutação genética conhecida como cromossomo Philadelphia, que é chamado de LLA Philadelphia negativo. A doença é mais frequente em crianças, mas também pode acometer adultos.
Mesmo após o tratamento inicial, algumas pessoas ainda podem apresentar doença residual mínima, quando pequenas quantidades de células cancerígenas permanecem no organismo. Isso ocorre em cerca de 30% a 50% dos pacientes que chegara à remissão e representa um risco maior de volta da doença.