REEE
Resíduos Eletrônicos
A gestão adequada dos Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos (REEE) se justifica não somente pelos riscos associados aos REEE em decorrência de sua composição, mas, da mesma forma, ao seu cada vez mais crescente potencial de recuperação de valor, tema de significativo interesse ao segmento industrial.
Composição dos REEE
A partir do entendimento da composição média dos REEE, torna-se possível elencar os possíveis riscos associados a essa tipologia de resíduos, caso geridos de forma incorreta, a saber: a contaminação por metais pesados e por Poluentes Orgânicos Persistentes (POPS), ambos com características tóxicas à vida e alta persistência e biomagnificação no meio ambiente.
A composição dos REEE aponta, ainda, para a possibilidade de recuperação de certos elementos valiosos à indústria. Calcula-se que, a cada tonelada de REEE, possam ser recuperados entre 80g e 250g de ouro, montante significativamente maior do que os encontrados nas minas de ouro[01,11]. O valor total presente nos REEE, em 2016, foi estimado em cerca de 60 bilhões de dólares, apesar de apenas uma fração dessa quantidade ser, de fato, extraída pelas práticas de gestão dos REEE[12]. Justifica-se, assim, que a economia impulsione a devolução dos REEE à cadeia produtiva, uma premissa da Economia Circular.
Convém, ainda, destacar na presente seção a classificação dos REEE adotada atualmente pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE), e a sugerida por XAVIER et al. (2017) [13], com foco na indústria de reciclagem dessa tipologia de resíduos.
Classificações para o REEE no Brasil