Secretário de Inovação do MCTI visita indústrias e ICT na Zona Franca de Manaus

Nessa terça-feira (15), o novo secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Daniel Almeida Filho, visitou Manaus para uma agenda técnica no Polo Industrial de Manaus (PIM). O roteiro incluiu visitas a indústrias e a um instituto de ciência e tecnologia ligados à Zona Franca de Manaus. O objetivo principal foi conhecer de perto os Processos Produtivos Básicos (PPBs) adotados pelas indústrias locais — área relacionada ao seu papel no ministério, que inclui, entre outras atividades, a participação do Grupo de Trabalho do Processo Produtivo Básico (GT-PPB).

A programação começou na sede da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), onde o superintendente Bosco Saraiva deu as boas-vindas ao secretário. “Essa visita é relevante porque permite ao ministério conhecer de perto as particularidades e os avanços do nosso modelo industrial, além de ampliar a compreensão sobre o papel da inovação no desenvolvimento da região”, afirmou. Em seguida, ele seguiu para visitas às empresas I-Sheng Brasil e Moto Honda da Amazônia, finalizando no Sidia Instituto de Ciência e Tecnologia.

Durante as visitas, Daniel Almeida foi acompanhado pelo superintendente-adjunto Executivo da Suframa, Luiz Frederico Aguiar, pelo coordenador-geral de Análise de Projetos Industriais, Maurício Itikawa, pelo coordenador-geral de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais, Arthur Lisboa, e pela diretora da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), Vanessa Grazziotin.

Na I-Sheng Brasil - especializada na fabricação de fios, chicotes, cabos de dados e de rede, e condutores elétricos - a comitiva foi recebida pelo CEO, Renato Montalbo, e pelo diretor de Desenvolvimento, Daniel Rodrigues. Durante a visita, a empresa apresentou suas linhas de produção, que contam com quase 1.900 funcionários operando em dois turnos.

A visita à Moto Honda da Amazônia teve como objetivo mostrar ao secretário a complexidade do processo produtivo de motocicletas e a relevância da operação para a economia regional. A comitiva foi recepcionada pelo diretor de Produção, Qualidade e Logística, Lourival Barros. A unidade é a mais verticalizada da marca no mundo e se destaca como uma das maiores empregadoras do PIM, com cerca de 9 mil empregos diretos.

Durante a visita, Barros destacou a capacidade produtiva da planta. “Produzimos, em média, 1,5 milhão de motocicletas por ano, o que equivale a 6.500 unidades por dia. A cada 19 segundos, uma nova moto sai da linha de montagem”, explicou.

A agenda foi encerrada com uma visita ao Sidia Instituto de Ciência e Tecnologia, que desenvolve pesquisa e inovação na região. O instituto, que conta com mais de mil colaboradores nos projetos, é credenciado para receber recursos oriundos Lei de Informática da Zona Franca de Manaus por meio da política de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) da Amazônia Ocidental e Amapá. Na ocasião, houve, ainda, uma apresentação sobre o Programa Prioritário de Bioeconomia, coordenado pelo Idesam.

Avaliação
final das agendas, o secretário do MCTI destacou que a experiência superou suas expectativas e reforçou a importância de se pensar em políticas públicas estruturantes a partir do que foi observado na Zona Franca de Manaus. “É muito bom ver essa pujança do desenvolvimento industrial e da pesquisa aqui na região. A gente precisa fortalecer isso cada vez mais, com inovação sendo feita aqui. A ideia é justamente aproveitar as informações e ideias que surgem nessas visitas para ajudar a construir políticas públicas de longo prazo, tanto para a Zona Franca de Manaus quanto para o Brasil”, afirmou Almeida.

O superintendente-adjunto Executivo, Luiz Frederico Aguiar, também avaliou positivamente a visita, destacando a importância do MCTI para o PIM. “O MCTI é um ator fundamental dentro do GT-PPB, onde são discutidas e decididas as principais atualizações dos processos produtivos. Ter o secretário aqui, conhecendo de perto a realidade das indústrias e centros de pesquisa, contribui para decisões mais alinhadas com as necessidades e potencialidades da nossa região”, afirmou.