04.03.2015 - Ministro Rossetto convoca sociedade a intensificar o diálogo durante plenária do Consea

O ministro Miguel Rossetto (Secretaria-Geral) convocou a sociedade a intensificar o diálogo com o governo e ampliar a participação na construção de políticas públicas. Rossetto participou, na manhã desta quarta-feira (4), da abertura da XVIII Plenária do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), em Brasília.

“Em 2015, queremos radicalizar a participação popular no nosso país, intensificar o ambiente de diálogo e estimular o povo a fazer parte desse processo de participação ativa na construção da agenda que combina crescimento econômico com inclusão de renda”, convocou o ministro. “Essa agenda será construída mais rapidamente e com mais qualidade com a participação de conselhos como o Consea”, afirmou.

O encontro debate os impactos da conjuntura política e econômica sobre as políticas sociais e de segurança alimentar e nutricional e define os preparativos para a 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, que será realizada em novembro. A plenária conta com representantes do governo e da sociedade civil, incluindo observadores do governo do Sudão.

Para este ano estão programadas 15 conferências nacionais, incluindo a Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. De acordo com Rossetto, a escuta e o diálogo com a sociedade também serão incentivados na construção do Plano Plurianual 2016-2019. O ministro chamou todos a participarem “da construção de valores e compromissos estratégicos do país para os próximos quatro anos”.

Rossetto lembrou que o país saiu do mapa da fome da ONU e retirou 22 milhões de pessoas da pobreza e por isso mesmo vai ser capaz de, a partir agora, avançar na qualidade nutricional para soberania alimentar e alimentação adequada e saudável a todos os brasileiros. “Superamos a fome e o nosso desafio é avançar na qualidade
nutricional”, disse o ministro.

A valorização dos alimentos regionais também deu o tom dos debates desta manhã. O evento começou com um Café da Manhã Ecossocial do Cerrado, com salgado de palmito com babaçu, suco de cagaita, bolo de mandioca com coco sem glúten e biscoitos de babaçu, buriti, baru com aveia e mel e castanha do Brasil com jatobá. Antes da abertura dos debates, foi lançado o livro “Alimentos Regionais Brasileiros”, do Ministério da Saúde.

O secretário Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, Arnoldo de Campos, afirmou que após a conquista do Brasil de sair do mapa da fome, agora é o momento de construir uma agenda futura pensando na qualidade da alimentação. Arnoldo lembrou que “o Brasil avançou de forma estrutural em todas as faixas etárias e em todas as regiões do país na área de segurança alimentar”. E citou como novos desafios a eliminação da insegurança alimentar em povos e comunidades tradicionais, o enfrentamento ao novo mapa de insegurança alimentar e a busca de soluções para uma alimentação que traga saúde e qualidade de vida à população.

O ministro da Agricultura e Irrigação do Sudão, Ibrahim Mahmoud Hamid, apontou o Brasil “como modelo de inclusão social para os países em desenvolvimento”. O ministro comemorou que é fundamental que as políticas públicas sejam construídas pelo governo em parceria com a sociedade civil. A delegação sudanesa é composta por cinco ministros e outras autoridades do governo que vieram ao Brasil conhecer as experiências brasileiras no combate à fome e no desenvolvimento da agricultura familiar.