19.05.2011 - Objetivos de Desenvolvimento do Milênio estão em debate na Conferência Internacional de Cidades Inovadoras

Curitiba está sediando a Conferência Internacional de Cidades Inovadoras (CICI 2011), evento coordenado pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). A conferência visa estimular a transformação de ambientes urbanos em espaços propícios à inovação, à criatividade e ao desenvolvimento de empresas e negócios sustentáveis por meio de um conjunto de ações e soluções.

Na manhã desta quinta-feira (19), o representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Jorge Chediek, e o presidente da Fiep e secretário-executivo do Movimento Nacional de Cidadania e Solidariedade, Rodrigo da Rocha Loures, falaram sobre o setor privado, os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) e o Pacto Global.

Rodrigo Loures destacou a importância do movimento Nós Podemos Paraná ter sido reconhecido pela ONU como um modelo de experiência relevante para o mundo. Segundo ele, a união dos setores privado e público e a sociedade civil é inovador e fez com que o Brasil avançasse no cumprimento dos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.

Ele lembrou que o Governo Federal está engajado nessa estratégia e que isso pode ser comprovado por meio da decisão do ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, em apoiar os ODM. “A própria história de vida do Gilberto Carvalho mostra que ele vive os ODM, que ele incorpora os ODM na sua prática diária. Ele me disse em Florianópolis, na semana passada, que os ODM são uma causa humanista e que o Brasil não vai abrir mão de lutar para cumprir as metas”, relatou o presidente da Fiep.

Loures ressaltou ainda que o Programa Brasil Sem Miséria, que vai ser lançado em junho pela presidenta Dilma Rousseff, demonstra o engajamento do governo brasileiro com os ODM. “A presidenta Dilma pode se valer da estratégia de articular o setor público, o setor privado e a sociedade civil para que o Programa dê certo e ela já está fazendo isso. Na esfera federal existe o alinhamento que precisamos”, disse.

Segundo ele, discutir os ODM dentro da Conferência é muito importante, mas destacou que o engajamento de todos em torno da sustentabilidade é um compromisso que tem que estar presente nas pessoas e não somente nas instituições. Por isso, reforçou, é imprescindível a participação dos movimentos sociais “para migrarmos do modelo de civilização baseada na desintegração para um modelo de civilização que privilegia a cooperação e o trabalho em conjunto. Não temos tempo a perder”, concluiu.

O representante do PNUD, Jorge Chediek, também elogiou o processo inovador do Brasil em estabelecer parceria entre os governos federal, estadual e municipal com as empresas e a sociedade civil e destacou a importância dos programas sociais adotados pelo governo brasileiro. “O Brasil estabeleceu na Constituição o compromisso de adotar um país melhor e mais justo. E fez mais. Lançou o Fome Zero, que além de ter dado certo, provou para o mundo que a questão da fome não é um problema técnico, é um problema moral e que podemos fazer o Fome Zero em nível planetário para assegurar que o mundo fique livre da fome”, falou.

O evento começou nesta terça-feira (17) e os debates vão até sexta-feira (20). As palestras foram divididas em oito eixos de discussão, debatidos por especialistas que apresentaram os temas que devem fazer parte do planejamento de uma cidade ideal para o futuro como, por exemplo, Cidades da Copa, Cidades Digitais, Cidades Educadoras, Cidades Empreendedoras, Cidades Geradoras de Energia Limpa, Cidades Inovadoras, Cidades Inteligentes e Cidades Rede-Rede Cidades.

Na tarde desta quinta-feira, o secretário Nacional de Estudos e Pesquisas Político-Institucionais da Secretaria-Geral da Presidência da República, Wagner Caetano, vai falar sobre a experiência brasileira em relação aos ODM na Oficina de Mobilização em prol dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.