Balanças piratas são apreendidas no Ver-o-Peso

Durante uma operação que aconteceu no dia 2 de fevereiro, cinco equipes de fiscais do Instituto de Metrologia do Estado do Pará (Imetropará) apreenderam 10 balanças utilizadas por comerciantes no Ver-o-Peso, a maior feira livre a céu aberto da América Latina.

Segundo o diretor técnico de Metrologia e Qualidade do órgão, Olintho Azevedo, a ação teve como foco a fiscalização das balanças, já que denúncias enviadas ao órgão apontam um grande número de equipamentos piratas, fora dos padrões exigidos pelo Inmetro.
 
“O objetivo dessa fiscalização é verificar as balanças que estão de forma irregular nas nossas feiras. Só neste começo de ano, foram várias denúncias enviadas ao Instituto sobre a existência de balanças de procedência venezuelana. Ou seja, são equipamentos que não possuem os padrões exigidos pela portaria do Inmetro”, contou.
 
O presidente do órgão, Jorge Rezende, acrescentou que todos os equipamentos de pesagem de alimentos precisam cumprir normas estabelecidas pela portaria nº 97, de 11 de abril de 2000. “Nós também estamos fazendo a regulamentação das balanças de origem brasileira e que estão em bom estado de conservação, justamente para que o consumidor se sinta mais seguro na hora de comprar o seu produto. Elas recebem um selo com validade de um ano”, acrescentou.
 
Além da fiscalização, também foi feito um trabalho de conscientização junto aos feirantes sobre cuidados de manutenção e de verificação da balança, explicando o que pode e o que não pode ser feito.
 
A ação contou com apoio de policiais militares, que fizeram a proteção das equipes, e de agentes da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob), que fizeram a organização do trânsito no local, permitindo que as viaturas do Imetropará ficassem próximas para a remoção das balanças.
 
“Nós, que temos a preocupação de manter um padrão de trabalho, ficamos muito satisfeitos com esse tipo de ação. Eu sempre estou com a verificação da minha balança em dia, para garantir confiança ao consumidor. Ele paga o que está levando, paga o justo”, disse o vendedor de farinha e goma de tapioca, Milton da Silva.
 
Continuidade - Outras feiras também deverão passar pela ação. “A fiscalização vai continuar. A nossa meta é fazer essa verificação em todas as feiras livres, realizando não só um trabalho de conscientização com esses feirantes, mas também garantindo a segurança do consumidor”, finalizou Rezende.