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Seminário na Fundação Joaquim Nabuco debate educação em tempo integral e democracia
Pensar a educação, a docência e a democracia: a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) recebeu nesta quarta-feira (10/12), no campus Ulysses Pernambucano, o segundo dia do seminário "Nas trilhas da democracia: políticas e práticas para subverter o pensamento hegemônico neoliberal, ampliar os direitos e combater as discriminações". O evento é organizado pelo Programa de Pós-graduação em Educação, Culturas e Identidades (PPGECI) e segue até a quinta-feira (11/12).
Confira a cobertura do primeiro dia do evento:
https://www.gov.br/fundaj/pt-br/centrais-de-conteudo/noticias-1/primeiro-dia-de-seminario-na-fundaj-debate-democracia-educacao-e-discriminacoes
A programação do dia também compõe o I Seminário Educação Integral e em Tempo Integral Concepções de educação em disputa, organizado pelo PPGECI em parceria com o Grupo de Pesquisa e Estudos sobre a Docência (GPED). Por meio dos seminários, buscou-se refletir sobre os atravessamentos entre políticas de educação em tempo integral, promoção da justiça social e democracia e combate aos múltiplos tipos de preconceitos e desigualdades.
A programação teve início com a mesa de abertura, que contou com a presidenta da Fundaj, Márcia Angela Aguiar. A presidenta chamou atenção para a alta relevância do Seminário como espaço de diálogo em prol de uma educação completa e libertadora. “Essa temática está no centro da disputa do que significa a formação das juventudes. Acreditamos na formação humana de maneira que as pessoas tenham possibilidade de se posicionar diante dos contextos políticos, econômicos e sociais e, também, de analisar de forma crítica.”.
Fizeram parte da mesa Ana Sousa Abranches, diretora de formação e inovação (Difor) da Fundaj, Ivete Caetano, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), Cezar Candeias, pró-reitor de extensão da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Maurício Antunes, coordenador do PPGECI/Fundaj e Cibele Rodrigues, pesquisadora do PPGECI.
Após a abertura, teve início a mesa “A política de educação em tempo integral na perspectiva de docentes e estudantes”, com contribuições de Ivete Caetano (Sintepe), Gleyce Leão, egressa do PPGECI, e Evelyne Lucena, professora da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e mediação de Verônica Fernandes (PPGECI). Sintetizando as temáticas abordadas na mesa, Ivete Caetano agradeceu o espaço aberto pela Fundaj para o debate sobre uma educação integral que estimule o pleno desenvolvimento dos estudantes em suas múltiplas aptidões dos estudantes, da ciência às artes.
“A educação integral é uma bandeira antiga dos movimentos dos educadores. O que entendemos por educação integral inclui uma série de condições que não existem hoje em Pernambuco, como um novo currículo, que daria conta de outras formações humanas que o atual não abarca. A juventude teria verdadeiramente acesso à educação como direito humano se tivéssemos escolas de educação integral”, disse.
Em seguida, ocorreu a mesa “A escola que queremos”, que reforçou a importância da promoção de uma educação libertadora, integral e antirracista, que vá além de ações burocráticas. “Para que serve uma escola? É para formar em uma perspectiva mais plena, ampliada, da humanização, para cidadania e participação social e para pensarmos juntos os caminhos que a sociedade precisa ter, ou é a educação que tem foco no mercado, que hoje está muito revestida na política dos resultados? Esse é um debate histórico”, defendeu Cezar Candeias (UFAL). Também contribuíram para a temática Zenildo Barbosa, egresso do PPGECI, Cezar Candeias, Pró-reitor de Extensão da UFAL, Luan do Carmo e Mirela Moreira, mestrandos do PPGECI, com mediação de Marília Cíbeli Móes, secretária para assuntos educacionais do Sintepe.
Já durante a mesa “Práticas pedagógicas de educação”, mediada por Antônio Sabino, professores de diferentes regiões do estado relataram suas experiências em escolas. De Paudalho a Arcoverde, Ladjane Pereira, André Arruda, Rachel Azevedo e Cibele Rodrigues, pesquisadora da Fundaj, abordaram gestão democrática e diálogo com os diferentes atores que compõem a comunidade escolar. Alguns dos temas destacados foram as tensões na política de Educação Integral e em Tempo Integral, partindo de reflexões como “Como ensinar na escola a experiência da democracia?” e “O que os movimentos sociais podem ensinar?”.
O Programa de Pós-graduação em Educação, Culturas e Identidades (PPGECI), é uma associação entre a Fundaj e a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). O seminário segue até o dia 11 de dezembro, reunindo educadores, setores populares e formadores de opinião política.