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Segundo dia da V Escola Doutoral conta com oficinas e mesa sobre “O poder e as elites no campo da educação”
Nesta terça-feira (26), segundo dia da V Escola Doutoral - Políticas Educacionais e Trabalho Docente: Diálogo entre o Sul e o Norte, a unidade Derby da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) recebeu três oficinas e uma apresentação cultural como parte da programação do evento, realizado pela Fundação em parceria com o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Política Educacional e Trabalho Docente (INCT-Gestrado), da Universidade Federal de Minas Gerais. O encontro segue até o dia 29 de agosto.
Confira a cobertura do primeiro dia:
A abertura do dia contou com a apresentação cultural do grupo Batuque, composto por mestrandos e doutorandos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Em seguida, os convidados se distribuíram em três salas do equipamento para dialogar sobre as seguintes temáticas: Movimentos sociais e novos espaços na educação; Nova Gestão Pública na Educação: transferência e hibridização; e Saúde e condições de trabalho docente.
Cibele Rodrigues, pesquisadora da Fundaj e uma das organizadoras locais da V Escola Doutoral, falou sobre o segundo dia. “Esse é um momento de aprendizagem, de intercâmbios, pois temos muitos convidados de fora. E, ao fim das atividades, pretendemos fazer uma publicação com as pesquisas dos estudantes.” A professora e pesquisadora argentina Nora Gluz falou sobre as oportunidades que o evento traz para a comunidade acadêmica. “Aqui, estou conhecendo e escutando outros pesquisadores de diferentes lugares do mundo. A gente senta nessas cadeiras e escuta falas coletivas, críticas; novas leituras que enriquecem nossas visões de mundo. É um encontro que nos permite conhecer a agenda global, de diferentes áreas.”
A programação seguiu por toda a tarde no Campus Derby com atividades distribuídas em diversas salas. Foram realizadas oficinas temáticas que abordaram questões centrais para a formação e a prática acadêmica, entre elas: Acesso a fontes de informação em bases de dados do Portal Capes; Da pesquisa à divulgação científica; Dinâmicas e estratégias na elaboração de trabalhos técnico-científicos; Análise de dados educacionais: abordagens quantitativas e qualitativas; e Os recursos do Fundeb no Estado de Pernambuco.
Para encerrar o dia, ocorreu a mesa “O poder e as elites no campo da educação”, na Sala Aloísio Magalhães. O debate reuniu Luís Miguel Carvalho (Universidade de Lisboa, Portugal) e Dalila Andrade Oliveira (UFMG/CNPq). Já a mediação foi feita por Ana Maria Clementino (UFMG). A discussão teve como foco um livro organizado por Carvalho e Romuald Normand, que analisa a atuação de diferentes elites — políticas, epistêmicas e empreendedoras — no campo educacional em contextos internacionais, explorando casos da Europa e da América do Sul.
Dalila apresentou o estudo sobre o Brasil, que examina a persistência de uma agenda educacional marcada por avaliações em larga escala, privatização endógena e forte influência de organismos internacionais. Segundo ela, essa continuidade se explica porque “as mesmas elites permanecem ocupando postos de poder, transitando entre espaços públicos e privados e definindo os rumos da educação no país”.