Apresentação
A Fundação Nacional de Artes, com o objetivo de estimular a produção artística e celebrar os 100 anos da Semana de Arte Moderna, completados em fevereiro de 2022, realizou o Prêmio Funarte Medalhas do Centenário da Semana de Arte Moderna. Foram contemplados dez artistas, que desenvolveram, cada um, o design de uma medalha comemorativa, inspirada nesse marco da história do país.
Em 1922, a Semana de Arte Moderna contou com uma programação que reuniu músicos, arquitetos, pintores, escultores e poetas no Theatro Municipal de São Paulo. No hall de entrada, foram expostas pinturas de Anita Malfatti. Em 1917, na mesma cidade, a participação da artista em contundente exposição de pinturas modernas europeias provocou o choque da modernidade na arte brasileira, até então dominada pelo academicismo, e catalisou um movimento que uniu intelectuais e artistas em defesa das novas expressões da arte. A Semana de Arte Moderna de 1922 foi o evento mais afirmativo desses modernistas.
Pinturas de Anita como O Homem Amarelo e A Mulher de Cabelos Verdes haviam sido duramente criticadas por Monteiro Lobato. Seus argumentos, republicados em “Paranoia ou mistificação?”, em 1919, enfatizavam o que ele considerava os “equívocos da arte moderna”, acusando a brasileira entre europeus de mero modismo. A arte moderna, em geral, parecia sem propósito em uma cidade ainda provinciana, submetida ao nacionalismo romântico da então capital, o Rio de Janeiro. Mas, para artistas e intelectuais instigados pela modernização da sociedade brasileira, a rigidez da tradição era insuficiente e obsoleta. Em defesa do modernismo e de Anita, ficou estabelecido o confronto com aqueles que, como Lobato, o consideravam elitista e hostil aos valores nacionais despertados pela Primeira Guerra Mundial.
A cidade de São Paulo, enriquecida com o ciclo do café e renovada com a atividade industrial e a imigração, contava com uma burguesia letrada e disposta a conquistar espaço na vida cultural nacional. Durante a guerra de 1914, o país cresceu com as exportações e se internacionalizou. O poeta Oswald de Andrade, em 1917, já defendia uma arte livre da regra acadêmica. No limiar dos anos 1920, o país se preparava para o Centenário da Independência e modernistas lutavam pela renovação da estética nacional. Queriam romper simbolicamente com o passado. Criticavam a mera cópia de padrões acadêmicos já em decadência na Europa. Nas lições da Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro e com os prêmios de viagem concedidos em salões oficiais, artistas pouco dialogavam com as vanguardas modernas. Seguiam o modelo neoclássico – volume modelado, luz e sombra, cor suave, alegorias e narrativas históricas. Ignoravam as tendências expressionistas, como em A Boba e Mulher de Cabelos Verdes, ambas de Anita, que davam ao fundo da pintura o mesmo tratamento da figura e adotavam a cor de modo independente do olhar natural.
Quando Graça Aranha, autor de Canaã e membro da Academia Brasileira de Letras, conheceu o carioca Di Cavalcanti, logo o apresentou a Paulo Prado, próspero membro da sociedade paulista. Juntos, conceberam o evento no Theatro Municipal de São Paulo.
Pouco depois da Semana, o casal Tarsila do Amaral e Oswald de Andrade voltou ao Brasil e, por intermédio de Anita Malfatti, se aproximou dos modernistas. Tarsila logo redirecionou seus estudos de pintura e assumiu uma visão moderna própria, afetiva, primitiva e brasileira, radicalmente distinta da idealização romântica do nativo. Nos anos seguintes, suas pinturas conferiram às artes visuais a liderança na luta modernista.
Em Abaporu (palavra que significa “o homem que come carne humana”), Tarsila expressa a noção da formação cultural pela deglutição do “outro”. Presenteado a Oswald, o quadro motivou o “Manifesto Antropófago”, publicado em 1928, em que o poeta propõe um metafórico devorar o “inimigo” externo, tal como os indígenas ao colonizador. “Só a Antropofagia nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente”, dita o manifesto. Propõe que os movimentos modernos europeus – futurismo, dadaísmo e surrealismo – sejam “digeridos” e absorvidos criticamente. Só então seriam brasileiros. Brasilidade, esta, que ressalta a diversidade étnica e cultural, inspirada por Macunaíma, herói do romance homônimo de Mário de Andrade, publicado no mesmo ano.
A crise econômica de 1929 aproximou arte e política, fazendo com que a arte social ganhasse centralidade no debate cultural. Di Cavalcanti aderiu ao Partido Comunista e teve sua obra influenciada pela arte engajada dos muralistas mexicanos. Se na tela “A Negra”, de 1923, há uma figura isolada, na obra "Operários", de 1933, Tarsila do Amaral representa uma multidão de trabalhadores contra a silhueta da fábrica. Suas faces retratam diferentes origens étnicas, reflexo de um maior reconhecimento da diversidade da formação nacional, que ganhou espaço ao longo da década de 30.
O modernismo no Brasil não se resumiu à Semana nem se limitou a São Paulo. Houve uma “modernidade carioca” e a colaboração entre artistas de ambas as cidades. Duas mulheres, Anita Malfatti e Tarsila do Amaral, são elos fortes que articularam o modernismo no Brasil, ao lado de intelectuais, poetas, escultores e músicos, que abriram caminho para os desafios modernos no país. A polêmica modernista reverberou entre artistas de todas as regiões. A Semana discutiu, formalizou e amplificou questões já esboçadas na vida social e cultural. Como integrar tradição e modernidade? Regional e universal? Popular e erudito? Dilemas, estes, que moveram a arte brasileira por caminhos próprios, em que, ao olharmos retrospectivamente, identificamos a força de artistas mulheres, das culturas de matriz africana e dos povos originários.
Nesta exposição virtual, o público pode conhecer os dez vencedores do Prêmio Funarte Medalhas do Centenário da Semana de Arte Moderna e apreciar suas criações, que homenageiam personagens e passagens desse momento tão importante para as artes brasileiras. Além da arte da medalha, cada autor apresenta em texto a concepção de seu projeto. A exposição também conta com recursos de acessibilidade, como audiodescrição e Libras.
Trabalhos
Tupi or Not Tupi: a Semana de Arte Moderna e a brasilidade
Gabriela Martins Ferrante
- SOBRE A OBRA – A medalha Tupi or Not Tupi foi desenvolvida em comemoração ao centenário da semana de arte moderna – marco decisivo e inaugural do Modernismo brasileiro, em suas múltiplas vertentes e linguagens artisticas. Meu projeto explora os conceitos de brasilidade e antropofagia, unifica cores, texturas, figuras e elementos gráficos que procuram resgatar de forma alusiva o espírito de algumas obras marcantes da artista modernista Tarsila do Amaral, como Palmeiras, Distância e Abaporu. Ademais, há referências à obra Monumento das Bandeiras, de Victor Brecheret. A frente da medalha, em primeiro plano, apresenta o rosto de uma mulher negra, alusiva ao poema de Jorge de Lima “Essa Negra Fulô”, como que assumindo protagonismo na esfera cultural. As ranhuras e texturas remetem às marcas de processos históricos, marcas da nossa pele, marcas do nosso chão e das trilhas que compõem o nosso futuro, a nossa brasilidade.
- SOBRE A ARTISTA – Gabriela Martins Ferrante é uma designer gráfica formada pela Escola Superior de Propaganda e Marketing em 2016. Gosta de trabalhar com vetores, ilustração, texturas e cores. Já trabalhou com apresentações, marketing digital, mídias sociais, UX e UI. Hoje trabalha em uma empresa internacional de consultoria no ramo de marketplace.
Brasil em Cena
Gisele Franke
- SOBRE A OBRA – A obra coloca em evidência elementos marcantes da Semana de Arte Moderna e do patrimônio natural do país, como o Theatro Municipal de São Paulo e plantas típicas da flora brasileira. Na obra, o teatro está envolto em frutos e plantas sob um sol alaranjado, como que devorado por uma realidade rural e quente. O olhar crítico sobre o que alimenta uma nação e as infinitas possibilidades de sínteses que podem ser elaboradas é uma das provocações modernistas que a artista deseja destacar. A presença de elementos típicos do meio ambiente nacional em contraste com a arquitetura notadamente europeia do Theatro Municipal de São Paulo ilustra a complexidade que é a cultura (ou as culturas) de um país, esse emaranhado incessante de forças - externas e internas. Tão viva ela é que aqui uma nova síntese se cria: o olhar de uma artista contemporânea que, por meio de recursos digitais, marco do nosso tempo, cria um novo desenho e registra o seu modo de ver a história.
- SOBRE A ARTISTA – Gisele Franke é designer e ilustradora graduada em Moda pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e Mestra em Sociologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Desde 2017 tem se dedicado ao desenho, desenvolvendo artes gráficas e ilustrações para marcas, produtos e estamparia. Suas principais temáticas de trabalho são o feminino e a natureza.
Vinte e dois, cem anos depois
Thomás Fadigas Rossi
- SOBRE A OBRA – A obra "Vinte e dois, cem anos depois" destaca a importância da Semana de Arte Moderna e a efeméride do seu centenário, por meio da representação de alguns dos principais elementos simbólicos do evento. Na companhia de Mário de Andrade e Anita Malfatti, o maestro Villa-Lobos rege esta peça com o movimento de sua batuta, formando linhas orgânicas que revelam o Theatro Municipal de São Paulo (sede do evento) e um logotipo inédito inspirado no cartaz oficial de Di Cavalcanti. Pensado funcionalmente tanto para as aplicações digitais quanto para produções tangíveis, este projeto atende e remete diretamente aos padrões da numismática - a exemplo de seus tons metálicos e da relação de contraste entre figuras e fundos. O projeto objetiva ainda a promoção de discussões públicas e reflexões acerca dos feitos e efeitos da Semana de 1922 para a posteridade; a difusão do design, arte e cultura medalhística, bem como o fomento a uma cultura mais acessível à sociedade como um todo, sem exceções.
- SOBRE O ARTISTA – Thomás Rossi é um artista e designer independente e multidisciplinar, formado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Transita livremente entre as diferentes vertentes do design, tendo atuado em projetos gráficos, audiovisuais, de produto e tecnologia, e sendo ainda sócio de uma marca de moda autoral com foco em estampas ilustradas à mão.
XXII
Vicente Rapolês Oliveira Pessôa
- SOBRE A OBRA – Se “Trinta e três” é o Pneumotórax, de Manuel Bandeira, “Vinte e dois” basta para significar a Semana de Arte Moderna. Mas 22 em algarismos romanos: com aura histórica, monumental. XXII como um padrão geométrico que lembra: a capa original de Paulicéia Desvairada, símbolo da Semana, tanto na poesia quanto nas artes; os movimentos de vanguarda europeus que inspiraram os artistas da Semana; o influxo estético da Semana, que criou uma tradição de arte geométrica no Brasil; o coloquialismo da poesia de Oswald de Andrade, pela expressão de algo inesperado; a influência da Semana em movimentos literários posteriores, que tomaram a visualidade das palavras como significante; e 22 como símbolo de um século inteiro das artes brasileiras.
- SOBRE O ARTISTA – Vicente Pessôa é designer gráfico formado pela Universidade do Estado de Minas Gerais. Especialista em identidades visuais, projetos editoriais e modulares. Desde 2019, é o responsável pelo design do Clube de Literatura Clássica.
Os Pés aos Olhos
Willy Cavalheiro Chung
- SOBRE A OBRA – O ponto de partida da obra “Os Pés Aos Olhos” é o interessante episódio vivido pelo maestro e compositor Heitor Villa-Lobos ao chegar na Semana de Arte Moderna. No dia 17 de fevereiro, Villa-Lobos se apresentou com um sapato em um pé e um chinelo no outro. Entre vaias e notas musicais, o artista explicou nada ter a ver com desrespeito ou futurismo, como bem acharam, mas apenas com um calo que o incomodava. Muito embora pareça apenas um fato trivial ou mesmo uma lenda acerca do evento histórico, para o artista, a narrativa ilustra o espírito da Semana de Arte de Moderna, o encontro entre o erudito e o popular, a busca pelo brasileiro enquanto identidade estética e realidade social. Ao iniciar sua pesquisa, Chung deparou-se também com a gravura de Di Cavalcanti “Figura de Mulher” que traz a preponderância do preto e vermelho com traços de xilogravura e dialoga com os cartazes feitos por Di Cavalcanti para a Semana de Arte.
- SOBRE O ARTISTA – Willy Cavalheiro Chung é artista visual nascido no Rio de Janeiro e formado em Pintura pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, com passagem também pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Frequentou a PUC-RIO e estudou no Ateliê do Mestre Lydio Bandeira de Mello, onde teve a oportunidade de trabalhar com artistas como Daniel Senise e Roberto Cabot. Auxiliou na produção do projeto de afresco para a Biblioteca Parque (FioCruz). Hoje é professor de desenho e pintura em cursos livres para a Casa de Cultura de Rio das Ostras, no Museu Casa de Casimiro de Abreu e na Casa de Cultura Estação Casimiro. O artista se mantém ativo em sua produção, participando de exposições e editais.
Medalha Brasil Modernista
Luiz Fernando Marques
- SOBRE A OBRA – O desenvolvimento do projeto "Medalha Brasil Modernista" objetiva valorizar a Semana de 1922, o design brasileiro e a arte medalhística. Através de sua criação foi estabelecido o intuito de prestar tributo à identidade modernista brasileira, redefinindo sua estética através do design gráfico, usando como referências algumas de suas principais obras, empregadas com desígnio de simbolizar o movimento artístico como um todo. O projeto, através da produção de um arquivo final para uma bela medalha, demonstra como o design gráfico é capaz de proporcionar com clareza a representatividade do modernismo brasileiro, retratando um símbolo que transmite a relevância da Semana de 1922, palco brasileiro de grande transformação cultural, que marcou a renovação do contexto artístico cultural urbano e que buscou renovar a arte brasileira nos campos da literatura, das artes plásticas, da música e da arquitetura.
- SOBRE O ARTISTA – Luiz Marques é um entusiasta do fabuloso universo das artes gráficas e visuais. Formado em Design Gráfico, atualmente se especializando em Comunicação e Marketing em Mídias Digitais. Natural do Rio de Janeiro, reside em São José dos Campos/SP, onde desenvolve projetos e processos criativos e editoriais, design de embalagens, ilustração, sinalização ambiental, social media e muito mais.
Medalha em Homenagem às Mulheres da Semana de Arte Moderna
Gislaine Maria Lau e Felipe Ishiy
SOBRE A OBRA – A medalha Anita honra a memória das mulheres que, em 1922, tiveram pouca representatividade com sua arte. Inspirado pelos aspectos visuais e a emblemática árvore no cartaz da Semana, o desenho da medalha retrata esta mesma árvore, mas através da forma de um corpo feminino. Aqui, os braços atados da figura são como uma camisa de força, que prende e reflete as duras críticas que elas sofreram, e em especial evidencia a história de Anita Malfatti, que teve as suas obras ditas de manicômio. Mas apesar disso, a cabeça erguida e voltada para o alto, mostra a força, a conquista de seu espaço e os rompimentos artísticos que causaram. Assim, deste corpo saem galhos, que ganharam vida e se espalharam, gerando mais frutos como uma renovação, com o objetivo de inspirar outras mulheres e não deixar que as memórias se percam.
SOBRE A ARTISTA – Gislaine Lau e Felipe Ishiy são designers de produtos, formados pela Universidade Federal do Paraná em 2021, ano em que deram início ao seu próprio estúdio de design autoral, a Intervém Design. Desenvolvem projetos de produtos voltados para interiores, como mobiliário, iluminação e decoração, abrangendo ocasionalmente projetos artísticos e gráficos. Já foram reconhecidos em mais de dez premiações nacionais, como o Brasil Design Awards, e internacionais, como o IF Design.
Raízes Modernistas
Frederico Augusto Ribeiro da Silva
SOBRE O ARTISTA – Formado em Designer. É doutorando e mestre em Comunicação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Na lista dos seus trabalhos, se destacam as exposições: Happy Art Parade, tendo sua obra exposta no Memorial da América Latina, e Cow Parade. E os livros infantis: "Ser Estranho: Uma história nada assustadora" e "Um Brasileiro".
Centenário da Semana de Arte Moderna
Gleycinara Santos Silva
SOBRE A ARTISTA – Gleyci Santos é graduanda em Design pela Universidade Federal do Maranhão e técnica em Artes Visuais pelo Instituto Federal do Maranhão. Desde 2017 atua como designer gráfico freelancer com foco na representação de elementos que valorizam a cultura local de seu estado.
Anita Malfatti: mulher, pioneira e percussora da semana de 22
Saint Clair Cerqueira Araújo
SOBRE A OBRA – Anita Malfatti, uma artista de origem simples, teve a oportunidade de estudar na Alemanha, onde absorveu influências do movimento expressionista alemão em sua abordagem pictórica e escolha de cores vibrantes. Sua coragem em expor suas obras no Brasil, adotando uma estética expressionista, encontrou resistência da elite cultural da época, incluindo o escritor Monteiro Lobato, em 1917. A reação negativa a seu trabalho culminou no fechamento precoce de sua exposição, mas Malfatti não se deixou abater.
A Semana de Arte Moderna de 1922, que celebra seu centenário, contou com a participação fundamental da artista, cujas contribuições e posicionamentos foram precursores e catalisadores do movimento. As pinceladas pesadas e a ênfase na expressão, características do expressionismo alemão, podem ser observadas na obra de Malfatti, que, em contraste com sua timidez, exibia uma força e sabedoria essenciais para a formação do movimento modernista brasileiro.
A medalha “Anita Malfatti: mulher, pioneira e precursora da semana de 22” busca homenagear a artista, seu legado e sua resiliência. O desenho da medalha evita um estilo pasteurizado, optando por imitar a gestualidade expressionista e, ao mesmo tempo, suave de Malfatti. As texturas foram criadas a partir do estudo de suas pinceladas e dos motivos presentes em seu trabalho, enquanto a tipografia remete ao cartaz da Semana de Arte Moderna de 1922. O retrato de Anita, em toda sua simplicidade e resiliência, é cercado por padrões de texturas que denotam uma identidade orgânica e robustez, criando uma semelhança com a figura icônica da artista na história da arte brasileira.
SOBRE O ARTISTA – Saint Clair é artista visual e arquiteto formado pela Universidade Federal de Goiás. O corpo de seu trabalho artístico fala de representatividade e diversidade por meio de diversas linguagens. Desde 2020 ele retomou seu trabalho como artista visual, desenvolvendo sua pesquisa teoria e técnica.