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Conferência do INCT Fase 2 apresenta os resultados de pesquisas interdisciplinares sobre mudanças climáticas e sustentabilidade
Os principais resultados alcançados durante cerca de sete anos de pesquisas do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas Fase 2 (INCT-MC2) foram apresentados durante a Conferência de Resultados realizada de 31 de março a 2 de abril, em Campos do Jordão (SP). As apresentações e mesas-redondas estão disponíveis no YouTube (veja links no final do texto).
Confira aqui a programação completa
O evento foi organizado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), sede do INCT-MC2. O projeto é coordenado pelo climatologista Jose Marengo, coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Cemaden, e está estruturado em nove sub-componentes, sendo seis temáticas (Desastres e Cidades, Economia, Impactos nos Ecossistemas, Saúde, Modelagem Climática e Comunicação) e três transversais (Segurança alimentar, Segurança hídrica e Segurança energética), relacionados às mudanças climáticas e sustentabilidade.
Na abertura da conferência, Jose Marengo chamou a atenção para a atualidade e importância das linhas de pesquisa do INCT-MC2: “A temática sobre mudanças climáticas globais não é só meteorológica e climatológica. Ela está inserida no contexto de praticamente todos os aspectos que envolvem a vida no planeta. Os mais abrangentes foram contemplados nas áreas temáticas e transversais deste INCT”, afirmou.
A diretora do Cemaden, Regina Alvalá, lembrou o envolvimento e o engajamento das instituições que compõem o INCT-MC2. “Foi um grande desafio, mas a iniciativa foi feliz, porque houve uma quantidade de conhecimento gerado pelo projeto, com avanços em vários temas relevantes e importantes, não só para o Brasil, mas no contexto global”, salientou. Ela ressaltou ainda o trabalho de integrar e relacionar os diferentes temas, tornando a iniciativa efetivamente interdisciplinar, e a preocupação em disseminar o conhecimento gerado. “As informações e dados produzidos no âmbito dos INCTs têm sido compartilhadas e divulgadas para os diferentes atores envolvidos, e serão fundamentais para subsidiar as tomadas de decisão e políticas públicas do Brasil, tão impactado pelos eventos de mudanças climáticas, principalmente nos últimos 20 anos.”
Para Marengo, a agenda científica do Brasil nessa área deve se preocupar em desenvolver uma melhor compreensão sobre o tema “mudanças climáticas” e seus aspectos de sustentabilidade. “Dentro das ações, destacamos as abordagens sobre sustentabilidade, vulnerabilidade e resiliência, além de propor medidas estratégicas de adaptação, e possivelmente transformação, trabalhando particularmente na esfera política.”
O coordenador do INCT-MC2 enfatizou que o trabalho de disseminação da temática envolve, para além das publicações científicas, a participação em reuniões, audiências públicas, seminários, congressos e atividades realizadas por formadores de opinião, tomadores de decisão e membros das diversas esferas governamentais e políticas. Destacou a disseminação da ciência por meio de programas de pós-graduação, além da popularização da ciência pela mídia e programas educacionais, e pelo envolvimento de instituições públicas e privadas.
Outra contribuição relevante do INCT-MC2 será oferecer subsídio científico para as negociações da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP 30), que acontece de 10 a 21 de novembro em Belém (PA). Um exemplo é a avaliação e a projeção dos impactos das mudanças climáticas em setores vulneráveis, como transportes, saúde humana, energia, recursos hídricos e agricultura.
INCT
O INCT para Mudanças Climáticas Fase 2 é um projeto financiado pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico do MCTI), Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação) e Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). Teve início em 2017 e está na fase final de integração dos resultados das pesquisas, a serem apresentados ainda este ano.
Instituições participantes da abertura
Compuseram a mesa de abertura do evento: Regina Alvalá, diretora do Cemaden; Jean Ometto, vice-coordenador da Rede Clima; Júlio César P. de Siqueira, coordenador da Diretoria de Programas e Bolsas no País da Capes; e Osvaldo Moraes, diretor do Departamento para Clima e Sustentabilidade do MCTI.
A íntegra das apresentações e debates da Conferência de Resultados do INCT-MC2 pode ser acessada nos links abaixo:
Dia 31 de março : https://www.youtube.com/watch?v=Dt1WzhkgLh8&t=7675s
Dia 01 de abril : https://www.youtube.com/watch?v=NAB5818rMH8
Dia 02 de abril : https://www.youtube.com/watch?v=E8AT0d8_cTo
Fonte: Ascom/Cemaden (MRO)