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Cemaden organiza exposição fotográfica “Extremos” no Museu Interativo de Ciências em São José dos Campos (SP)
Memórias de um evento extremo Pesquisador do Projeto COPE observa, em dezembro de 2024, as ruínas de um dos locais atingidos na catástrofe de 2011, em Nova Friburgo (RJ). A catástrofe registrou mais de 1000 mortes na região serrana do Rio de Janeiro, e catalisou a criação do Cemaden e da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil.
Para apresentar um panorama das ações de pesquisa realizadas pelo Projeto COPE (Capacidades Organizacionais de Preparação para Eventos Extremos) - do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) - parte da equipe de pesquisa organizou a exposição fotográfica denominada “Extremos”, no Museu Interativo de Ciências, no município de São José dos Campos (SP), no período de 18 de agosto até 31 de agosto de 2025.
A exposição com entrada gratuita exibe resultados preliminares da pesquisa, além de vídeos e registros fotográficos das atividades desenvolvidas em três municípios-piloto, de pequeno, médio e grande porte, desde a Bacia do Rio Paraíba do Sul: São Luiz do Paraitinga-SP (10.337 habitantes), Cataguases-MG (66.621 habitantes) até Nova Friburgo-RJ (189.939 habitantes).
Diante da intensificação de eventos extremos de tempo e clima, como ondas de calor, secas extremas, inundações bruscas e enxurradas, o Cemaden- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Cemaden/MCTI) - está desenvolvendo o Projeto COPE com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - Fapesp (Processo 2022/02891-9).
O objetivo do COPE é analisar as capacidades organizacionais de governos municipais e comunidades para se preparar frente a eventos extremos no Brasil. O COPE é coordenado pelo sociólogo Victor Marchezini, que também é professor do Programa de Pós-Graduação ICT-Unesp/Cemaden e do Programa de Pós-graduação em Ciência do Sistema Terrestre (PGCST/INPE). O pesquisador explica que o projeto está desenvolvendo métodos e abordagens inter-(entre as ciências) e transdisciplinares (entre cientistas e não-cientistas) para promoção de sistemas de alertas centrados nas pessoas.
“Estamos integrando atividades de ensino, pesquisa e extensão no Programa de Pós-Graduação em Desastres (ICT/Unesp-Cemaden) e no Programa de Pós-Graduação em Ciência do Sistema Terrestre (PGCST/INPE)”, explica o professor Marchezini.
No primeiro semestre de 2025, o COPE levantou informações de mais de 2 mil municípios. Como muitos dos eventos extremos extrapolam as fronteiras municipais, um dos focos do Projeto COPE é na escala da bacia hidrográfica. A bacia piloto do COPE é a do Rio Paraíba do Sul, que possui mais de 10 milhões de habitantes, distribuídos em 184 municípios dos estados de São Paulo (SP), Minas Gerais (MG) e Rio de Janeiro (RJ).
Parceria com Escola Estadual em São Luiz do Paraitinga
O Projeto COPE tem realizado uma parceria com a Escola Estadual Monsenhor Ignacio Gióia, em São Luiz do Paraitinga-SP. No dia 14 de abril de 2025, Marchezini e Janaína de Alencar Mota e Silvia- doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Desastres (ICT/Unesp-Cemaden) - treinaram estudantes do Programa de Pós-Graduação em Ciência do Sistema Terrestre (PGCST/INPE) para que atuassem como facilitadores junto a estudantes de Ensino Médio. Os pós-graduandos aprenderam a realizar entrevistas em profundidade junto a moradores(as) de São Luiz do Paraitinga-SP.
Já em maio de 2025, equipe do Projeto COPE, estudantes da PGCST/INPE e da Escola Estadual Monsenhor Ignácio Gioia organizaram grupos focais com gestores(as) públicos e moradores(as), no auditório da Biblioteca Municipal de São Luiz do Paraitinga-SP.
Para Daniel Messias dos Santos, professor da Escola Monsenhor Ignácio Gióia, a parceria com Projeto COPE é importantíssima por dois aspectos: “ela permite que os adolescentes participem, efetivamente, de uma iniciação científica, com parceiros respeitados por suas pesquisa além de possibilitar que a escola seja o centro dos debates das questões climáticas e desastres socioambientais. Da escola podem sair indicações para os caminhos que, em comunidade, devemos seguir”, afirma o professor, que vivenciou uma inundação extrema no município em 2010, há 15 anos atrás.
Projeto COPE e exposição gratuita
Com apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa de São Paulo (Fapesp), o Projeto Capacidades Organizacionais de Preparação para Eventos Extremos (COPE) terá a duração de mais três anos, com vigência até 31 de agosto de 2028.
Do Cemaden, além do coordenador Victor Marchezini, organizam a exposição os pesquisadores Silvia Saito e Adriano Mota Ferreira. Participam ainda os pós-graduandos Janaina de Alencar Mota e Silva e André Luiz Martins Cotting, do PGDN-ICT/Unesp; de Karolina Gameiro Cota Dias, Monique Ribeiro Polera Sampaio e Paula Sayeko Souza Oda, doutorandas da PGCST/INPE); e também a participação do professor e pesquisador Daniel Messias dos Santos, da Escola Monsenhor Ignácio Gioia, de São Luiz do Paraitinga-SP.
Informações sobre o Projeto COPE pode ser acessado pelo Instagram @projetocope e pelo link:
Exposição fotográfica "Extremos" no Museu Interativo de Ciências em São José dos Campos (SP)
A exposição “Extremos” é gratuita e aberta ao público. Pode ser visitada entre 18 de agosto e 31 de outubro de 2025, no Museu Interativo de Ciências de São José dos Campos-SP.
Mais informações sobre o Museu Interativo podem ser encontradas em:
https://servicos.sjc.sp.gov.br/agendamento_visitas/agendamento.aspx?local=555
Fonte: Ascom/Cemaden (MRO)

- Exposição de fotos do Cemaden sobre Extremos no Museu Interativo de Ciências em São José dos Campos. A exposição ficará até outubro 2025.

- Exposição de fotos do Cemaden no Museu Interativo de Ciências em São José dos Campos (SP), sobre "Extremos" mostrando áreas de risco e sobre eventos climáticos extremos.


