Notícias
MONITORAMENTO DE SECAS E IMPACTOS NO BRASIL – MAIO/2025
Monitoramento de Secas
A. ÍNDICE INTEGRADO DE SECA (IIS3): MAIO/2025 (MÉDIA MUNICIPAL)
O Índice Integrado de Seca (IIS3) de maio de 2025 aponta que o número de municípios em situação de seca severa ou extrema saltou de 342 em abril para 459 em maio, concentrando-se sobretudo na Região Norte, com destaque para Amazonas, Pará e Tocantins. Em contrapartida, diminuiu o total de municípios classificados com seca moderada a severa em Minas Gerais e na Bahia no mesmo período.
Quer saber como anda a situação da seca no seu município? Acesse o Mapa Interativo de Secas do CEMADEN e consulte os dados dos últimos 12 meses para qualquer município do Brasil: CEMADEN: Mapa Interativo
B. ÍNDICE INTEGRADO DE SECA (IIS3): PREVISÃO - JUNHO/2025 (MÉDIA MUNICIPAL)
As projeções do Índice Integrado de Seca (IIS-3) para o fim de junho de 2025 indicam redução no total de municípios caracterizados com seca moderada a extrema, sinalizando tendência de atenuação da situação em todo o país.
C. MONITORAMENTO DA SECA EM ÁREAS INDÍGENAS: MAIO/2025
Os dados de monitoramento indicam um aumento no número de terras indígenas afetadas por secas moderadas ou mais intensas entre abril e maio. No período, as áreas atingidas saltaram de 171 para 222, registrando um crescimento de 30% no total de territórios vulneráveis.
D. MONITORAMENTO DA SECA EM ASSENTAMENTOS RURAIS: MAIO/2025
Entre abril e maio, o número de assentamentos rurais em seca severa ou extrema seguiu a tendência verificada nos municípios, aumentando de 368 para 613, com os acréscimos mais expressivos no Amazonas e no Pará.
E. MONITORAMENTO DOS IMPACTOS DA SECA: VEGETAÇÃO E AGRICULTURA
Estimativa das Áreas Agroprodutivas Afetadas por Município: MAIO/2025
Em maio de 2025, o IIS aponta que 1.756 municípios apresentaram ao menos 60 % de suas áreas agroprodutivas (cultivos e pastagens) com situação de seca — cerca de 380 municípios a menos que no mês anterior.
F. MONITORAMENTO DOS IMPACTOS DA SECA: RECURSOS HÍDRICOS
Em maio de 2025, no setor de abastecimento, o Sistema Cantareira — principal fonte de água da Região Metropolitana de São Paulo — encontra-se em condição de seca hidrológica moderada, segundo o Índice Bivariado de Seca Precipitação-Vazão (TSI). Também no Sudeste, as bacias afluentes às UHEs Furnas (rio Grande) e Três Marias (rio São Francisco), que voltaram a enfrentar condição de seca desde março, estão atualmente classificadas com intensidades moderada e fraca, respectivamente. Na bacia do rio Paraíba do Sul, a seca hidrológica varia de intensidade fraca a extrema, enquanto na bacia do rio Doce, a condição hidrológica oscila entre seca moderada e severa. Além disso, na região do Vale do Jequitinhonha (rio Jequitinhonha), em Minas Gerais, as bacias afluentes às UHEs Irapé e Itapebi também registraram seca, com intensidade moderada. Na região Centro-Oeste, a bacia afluente à UHE Serra da Mesa (rio Tocantins) voltou a apresentar condição de seca a partir de abril e, atualmente, está classificada com intensidade moderada. Em contrapartida, as bacias afluentes às estações fluviométricas de Ladário e Porto Murtinho enfrentam seca hidrológica excepcional, o que caracteriza um alto nível de criticidade. Na bacia do rio Paraná, entre as regiões Sudeste e Sul, a seca hidrológica varia de fraca a excepcional, embora as sub-bacias do rio Iguaçu permaneçam em condições normais. Cabe ressaltar que a porção sul da bacia do rio Paraná enfrenta a situação mais crítica em relação às condições hidrológicas. Na região Sul, as bacias afluentes às UHEs Foz do Chapecó e Barra Grande apresentam seca de intensidade moderada, enquanto a bacia afluente da UHE Passo Real, no rio Jacuí, enfrenta seca severa. Na região Norte, a bacia do rio Madeira (afluente à UHE Santo Antônio) retornou à condição de normalidade após 40 meses de seca sistemática; adicionalmente, a bacia afluente à UHE Belo Monte (rio Xingu) também se encontra em condição de normalidade. Entre as regiões Centro-Oeste e Norte, as bacias afluentes à UHE Tucuruí (rios Araguaia e Tocantins) apresentam seca variando entre intensidade fraca e moderada. No Nordeste, a bacia afluente à UHE Sobradinho (rio São Francisco) apresenta seca de intensidade extrema, ao passo que a bacia de Boa Esperança (rio Paranaíba) encontra-se em condição de seca moderada.
G. PREVISÃO SAZONAL E SUB-SAZONAL PARA O BRASIL
Atualmente (inicio de junho/2025) o Oceano Pacifico permanece em um estado de neutralidade, ou seja, nem El Niño nem La Niña predominam. A anomalia de Temperatura da Superficie do Mar (TSM) na região do Nino3.4 registrou 0,0 ℃. O cenário para o trimestre junho-julho-agosto/2025 (JJA/2025) é que este estado de neutralidade se mantenha (74% de chance). As previsões sazonais mais recentes do multimodelo C3S Copernicus para o trimestre JJA/2025, inicializadas em maio/2025, indicam um cenário para chuvas acima da média nas porcoes centrais dos estados do Para e Amazonas. No restante do país as previsões mostram indices pluviometricos normais. A previsão multimodelo do CPTEC/INPE apresenta regiões com chuva acima da média no extremo norte e extremo sul do Brasil, além do litoral sul da Bahia. No restante do país há previsão de normalidade em relação à chuva acumulada no trimestre. Diferentemente, a previsão do International Research Institute indica que os estados do Amapá e Roraima, e oeste do Paraná e Santa Catarina podem ter chuva abaixo da média. Na região Sul do país há uma incerteza sobre a região com anomalias negativas de chuva, que pode atingir ora o extremo sul do Rio Grande do Sul, ora o oeste de Santa Catarina e Paraná.
REGISTRO DE IMPACTOS : Gostaria de contribuir registrando ocorrência de eventos de secas no seu município? Sua informação é bem-vinda, mesmo ocorrências de pequenos impactos são de extrema importância. Você pode enviar suas informações pelo link: REGISTRO DE IMPACTOS DE SECAS .
Para mais informações fale conosco: secas@cemaden.gov.br




