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MONITORAMENTO DE SECAS E IMPACTOS NO BRASIL – JULHO/2025
Monitoramento de Secas
A. ÍNDICE INTEGRADO DE SECA (IIS3): JULHO/2025 (MÉDIA MUNICIPAL)
De acordo com o Índice Integrado de Secas (IIS), o número de municípios em situação de seca severa subiu de 101, em junho, para 148, em julho, mantendo um corredor de deficit hídrico que se estende pelo Sudeste, por trechos do Centro-Oeste e pelo Norte do país. Já os municípios com seca moderada a extrema passaram de 1.018 para 1.480, sobretudo em Minas Gerais, Goiás, Bahia, Rondônia e Tocantins. Quanto à seca severa, o aumento foi mais expressivo no Nordeste, enquanto a Região Norte apresentou redução.
Quer saber como anda a situação da seca no seu município? Acesse o Mapa Interativo de Secas do CEMADEN e consulte os dados dos últimos 12 meses para qualquer município do Brasil: CEMADEN: Mapa Interativo
B. ÍNDICE INTEGRADO DE SECA (IIS3): PREVISÃO - AGOSTO/2025 (MÉDIA MUNICIPAL)
As projeções do Índice Integrado de Seca (IIS-3) para o final de agosto de 2025 indicam uma redução no número de municípios com seca moderada a extrema, sinalizando uma tendência de atenuação da situação de seca em todo o país.
C. MONITORAMENTO DA SECA EM ÁREAS INDÍGENAS: JULHO/2025
Os dados de monitoramento indicam uma redução no número de terras indígenas afetadas por seca severa entre junho e julho. No entanto, na categoria de seca extrema, observa-se um aumento de dois territórios em relação ao mês anterior, sendo dois localizados no Amazonas e um no Tocantins.
D. MONITORAMENTO DA SECA EM ASSENTAMENTOS RURAIS: JULHO/2025
Entre junho e julho, o número de assentamentos rurais em condições de seca moderada a extrema caiu de 2.324 para 2.181, representando uma redução de aproximadamente 6,1%, com destaque para os Estados do Ceará, Roraima e Maranhão, onde essa diminuição foi mais expressiva.
E. MONITORAMENTO DA SECA EM UNIDADES DE CONSERVACAO: JULHO/2025
Em relação às áreas de conservação, entre os meses de junho e julho observou-se uma redução das áreas em condição de seca severa e um aumento daquelas com seca moderada. Apesar dessa tendência de diminuição da intensidade, ainda permanecem 100 Unidades de Conservação em condição de seca moderada a extrema.
F. MONITORAMENTO DOS IMPACTOS DA SECA: VEGETAÇÃO E AGRICULTURA
Estimativa das Áreas Agroprodutivas Afetadas por Município: JULHO/2025
Em julho de 2025, o IIS aponta que 228 municípios apresentaram pelo menos 40% das suas áreas agroprodutivas (cultivos e pastagens) com situação de seca, sendo Minas Gerais o estado mais impactado (85 municípios).
G. MONITORAMENTO DOS IMPACTOS DA SECA: RECURSOS HÍDRICOS
Em julho, o Sistema Cantareira — principal fonte de água da Região Metropolitana de São Paulo — apresentou condição de seca hidrológica moderada, segundo o Índice Bivariado de Seca Precipitação-Vazão (TSI). No Sudeste, as bacias afluentes às UHEs Furnas (rio Grande) e Três Marias (rio São Francisco), que voltaram a enfrentar seca desde março, estão atualmente classificadas com intensidades variando entre severa e extrema, respectivamente. A bacia do rio Paraíba do Sul apresenta seca variando de moderada a extrema, enquanto as bacias dos rios Doce e São Mateus registram condição excepcional. Em Minas Gerais, as bacias afluentes às UHEs Irapé e Itapebi (rio Jequitinhonha) registram seca severa e excepcional, respectivamente. Na região Centro-Oeste, a bacia afluente à UHE Serra da Mesa (rio Tocantins) voltou a apresentar seca desde abril e, atualmente, está classificada com intensidade extrema. Também na região, as bacias afluentes às estações fluviométricas de Porto Murtinho e Ladário (rio Paraguai) enfrentam seca hidrológica variando entre extrema e excepcional, respectivamente. Entre as regiões Sudeste e Sul, a bacia do rio Paraná apresenta seca hidrológica variando de fraca a extrema, com exceção das sub-bacias de Salto Santiago e Salto Caxias, que retornaram à normalidade em julho. As bacias afluentes às UHEs Foz do Chapecó e Barra Grande (rio Uruguai), e Passo Real (rio Jacuí), voltaram à condição de normalidade em junho e assim permanecem. Na região Norte, as bacias dos rios Madeira (UHE Santo Antônio) e Xingu (UHE Belo Monte) seguem em condição normal. As bacias afluentes à UHE Tucuruí (rios Araguaia e Tocantins), situadas entre as regiões Norte e Centro-Oeste, apresentam seca com intensidade entre fraca e moderada. Na região Nordeste, a bacia afluente à UHE Sobradinho (rio São Francisco) apresenta seca de intensidade severa, enquanto a bacia de Boa Esperança (rio Parnaíba) encontra-se em condição de seca moderada.
H. PREVISÃO SAZONAL E SUB-SAZONAL PARA O BRASIL
Neste inicio de agosto/2025 o Oceano Pacifico permanece em um estado de neutralidade, ou seja, não predomina nem El Niño nem La Niña. A anomalia de Temperatura da Superficie do Mar (TSM) na região do Nino3.4 apresentou na última semana um ligeiro declínio: -0,3 ℃. O cenário para o trimestre agosto-setembro-outubro/2025 (ASO/2025) é que este estado de neutralidade se mantenha (56% de chance). As previsões sazonais mais recentes do multimodelo C3S Copernicus para o trimestre ASO/2025, inicializadas em julho/2025, indicam um cenário para chuvas desfavoraveis nos estados do Amapá, Roraima, e Rio Grande do Sul, e no norte do Pará e Amazonas. Condições para chuvas acima da média estão previstas no oeste do estado do Amazonas, no Acre e Rondonia. No restante do país as previsões mostram indices pluviometricos normais para o trimestre ASO/2025. As previsões subsazonais multimodelo INPE_FUNCEME indicam chuvas acima da média no estados do Amazonas e Pará até o final de agosto. Neste mesmo período há potencial para chuvas abaixo da média no Paraná e Rio Grande do Sul.
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gistrando ocorrência de eventos de secas no seu município? Sua informação é bem-vinda, mesmo ocorrências de pequenos impactos são de extrema importância. Você pode enviar suas informações pelo link: REGISTRO DE IMPACTOS DE SECAS .
Para mais informações fale conosco: secas@cemaden.gov.br





