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MONITORAMENTO DE SECAS E IMPACTOS NO BRASIL – JANEIRO/2025
Boletim de Secas
A. ÍNDICE INTEGRADO DE SECA (IIS3 e IIS6): JANEIRO/2025 (Média municipal)
- Figura 1 - Índice Integrado de Seca (IIS) referente ao mês de janeiro de 2025 nas escalas de 3 meses (IIS3, esquerda) e 6 meses (IIS6, direita).
O Índice Integrado de Seca (IIS3) de janeiro de 2025 indica uma melhora no cenário nacional, com a redução do número total de municípios em seca severa e moderada comparado a dezembro, de 849 municípios para 220. Municípios no Acre e na divisa dos estados do Tocantins, Pará e Mato Grosso continuam com condição de seca severa. A região Nordeste foi a que apresentou a maior redução em relação à condição de seca, com a maior parte da região com condição normal ou e seca fraca e apenas 26 municípios com condição de seca moderada.
Entretanto, na escala de 6 meses (IIS6) tem-se um número maior de municípios com condição de seca severa e moderada, um total de 604 municípios. Com destaque para a região Norte e Nordeste com, respectivamente, 27 e 15 municípios em condição severa. Quanto à condição de seca moderada, na escala de 6 meses, a seca ainda persiste na região Nordeste, com destaque para os estados do Sergipe (42 municípios), Pernambuco (33 municípios), Alagoas (27 municípios) e Rio Grande do Norte (26 municípios).
MUNICÍPIOS COM SECA PROLONGADA
De acordo com dados do CEMADEN, alguns municípios da região Norte do país enfrentam uma seca severa prolongada há mais de seis meses. Embora alguns locais que anteriormente registravam essa condição tenham passado para seca moderada neste mês, indicando uma leve melhora nas condições, como Santa Isabel do Rio Negro, que até o mês passado enfrentava seca severa há 12 meses, outros continuam em situação crítica. O município de Rodrigues Alves já acumula nove meses consecutivos de seca severa, seguido por Jordão, Marechal Thaumaturgo e Guajará, que enfrentam essa condição há oito meses. Além disso, novos casos de seca severa prolongada foram identificados neste mês, como ilustra a Figura 3, que apresenta a duração da seca por município e estado, reforçando a gravidade do cenário e os impactos significativos, particularmente na região Norte do país.
B. ÍNDICE INTEGRADO DE SECA (IIS3): PREVISÃO PARA FEVEREIRO/2025 (Média municipal)
O IIS3 previsto para fevereiro de 2025 indica uma ligeira diminuição do número de municípios classificados com seca severa de 18 para 14 e um aumento no número de municípios com seca moderada de 202 para 248. De maneira geral, a seca moderada tem o aumento no número de municípios nas regiões Norte e Centro-Oeste.
C. MONITORAMENTO DA SECA EM ÁREAS ÍNDIGENAS: JANEIRO DE 2025
Em janeiro de 2025, houve uma redução no número de terras indígenas afetadas pela seca extrema, passando de quatro em dezembro para nenhuma. As terras indígenas em condição de seca severa também diminuíram, de 33 em dezembro para 26 em janeiro. Essa redução acompanha a tendência de amenização da seca observada em algumas regiões do país.
D. MONITORAMENTO DOS IMPACTOS DA SECA: VEGETAÇÃO E AGRICULTURA
Estimativa das Áreas Agroprodutivas Afetadas por Município: JANEIRO/2025
De acordo com o IIS3 (escala dos últimos três meses), avaliado nas áreas agroprodutivas dos municípios brasileiros, 29 ainda apresentam mais de 50% de suas áreas afetadas pela seca. Destacam-se, nesse cenário, os estados do Amazonas, Acre e Tocantins.
E. PREVISÃO SAZONAL E SUB-SAZONAL
Atualmente o Oceano Pacifico se encontra em um estado de La Niña de fraca intensidade. Este episódio fraco tem boas chances (66%) para encerrar o ciclo durante março-abril de 2025. As principais previsões (International Research Institute (IRI-EUA), Centro Europeu (ECMWF), C3S e CPTEC/INPE) para o trimestre fevereiro-março-abril/2025 (inicializadas em jan/2025) indicam chuvas acima da média no setor norte da região Norte, as quais podem afetar os estados de Roraima e Amapá, e o setor norte do Amazonas e Pará. Na região Nordeste do Brasil a previsão é de maiores chances para chuvas abaixo da média. Os modelos coincidem em indicar que as condições mais severas devem afetar os estados de Alagoas, Sergipe, Paraíba e Pernambuco. Também o noroeste da Bahia. Na Região Sul, o panorama das chuvas para o trimestre fevereiro-março-abril/2025 é de acumulados abaixo da média, principalmente no Rio Grande do Sul. As previsões subsazonais mostram que até o fim do segundo decendio de fevereiro (20/02) as condições são para chuvas abaixo da média na regiões sudeste, centro-oeste e nordeste. Em um cenário oposto, neste mesmo período, osestados do Rio Grande do Norte e Ceará, o noroeste da amazonia brasileira e o Rio Grande do Sul tem chances incrementadas para chuvas acima da média. No final de fevereiro e início de março as chances são para chuvas acima da média nos estados do norte do nordeste.
REGISTRO DE IMPACTOS : Gostaria de contribuir registrando ocorrência de eventos de secas no seu município? Sua informação é bem-vinda, mesmo ocorrências de pequenos impactos são de extrema importância. Você pode enviar suas informações pelo link: REGISTRO DE IMPACTOS DE SECAS .
Para mais informações fale conosco: secas@cemaden.gov.br