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MONITORAMENTO DE SECAS E IMPACTOS NO BRASIL – ABRIL /2024
Moonitoramento de Secas e Impactos no Brasil.
A. ÍNDICE INTEGRADO DE SECA (IIS3): ABRIL/2024 (Média municipal)
O Índice Integrado de Seca (IIS3) referente ao mês de abril indica municípios com condições de seca severa principalmente no norte do Amazonas, sul de Roraima, norte do Pará, grande parte do Amapá, oeste de Tocantins e região central de São Paulo. De acordo com o índice, 3 municípios do interior de São Paulo estão classificados como seca extrema, 210 municípios estão classificados em condições de seca severa (4 no Amazonas, 5 no Pará, 7 no Amapá, 8 em Tocantins, 6 em Minas Gerais, 163 em São Paulo, 9 no Paraná, 3 no Mato Grosso do Sul, 3 no Mato Grosso e 2 em Goiás.
B. ÍNDICE INTEGRADO DE SECA (IIS3): PREVISÃO PARA MAIO/2024 (Média municipal)
O Índice Integrado de Seca (IIS3) previsto para o mês de maio indica que a situação de seca pode se intensificar, especialmente no norte do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, sul do Pará e no interior de São Paulo. Isso pode ocorrer devido às chuvas abaixo da média registradas nos últimos meses, associadas às chuvas previstas abaixo do esperado nessas regiões para o mês de maio. Diante dessas condições, 72 municípios do Brasil poderão ser classificados com seca extrema.
C. MONITORAMENTO DOS IMPACTOS DA SECA: VEGETAÇÃO E AGRICULTURA
Estimativa das Áreas Agroprodutivas Afetadas por Município: ABRIL/2024
De acordo com a avaliação dos impactos da seca em áreas de atividades agrícolas e/ou pastagens (áreas agroprodutivas), 227 municípios apresentaram pelo menos 40% de suas áreas de uso impactadas no mês de abril. Destaque para o estado de São Paulo que teve 96 municípios com mais de 80% de sua área agroprodutiva afetada pela seca.
D. MONITORAMENTO DOS IMPACTOS DA SECA: RECURSOS HÍDRICOS
Com relação aos impactos da seca nos recursos hídricos, referente ao mês de abril de 2024, destaca-se no setor de abastecimento, o Cantareira, principal sistema de abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo. O Sistema Cantareira que, após permanecer cinco meses consecutivos em condição de normalidade, voltou a exibir uma condição de seca hidrológica, atualmente, classificada em intensidade severa, de acordo com o Índice Padronizado Bivariado precipitação-vazão (TSI). Ainda no Sudeste, as bacias afluentes às UHEs Furnas (rio Grande) e Três Marias (rio São Francisco) estão classificadas em condição de seca hidrológica moderada e severa, respectivamente. Na região Centro-Oeste do país, a bacia afluente à UHE Serra da Mesa (rio Tocantins) encontra-se numa condição de seca hidrológica severa, ao passo que, as bacias afluentes às estações de monitoramento de Ladário e Porto Murtinho apresentam situação muito crítica, caracterizada por seca excepcional. Na bacia do rio Paraná, entre as regiões Sudeste e Sul do país, a seca hidrológica varia de moderada à excepcional. As sub-bacias afluentes às UHEs Nova Ponte e Rosana, por exemplo, estão classificadas em seca moderada, ao passo que na sub-bacia afluente à UHE Emborcação nota-se uma condição muito mais crítica, caracterizada por seca excepcional. Nas sub-bacias afluentes as UHEs Itumbiara, Porto Primavera, Jurumirim e Itaipu a seca hidrológica registrada, em abril, corresponde a extrema, enquanto que, nas sub-bacias afluentes as UHEs Capivara e Marimbondo observa-se uma seca de intensidade severa. Na região Norte uma situação bastante crítica pode ser observada na bacia do rio Madeira, afluente à UHE Santo Antônio, que atualmente está classificada em seca excepcional. Ainda na bacia Amazônica, na sub-bacia afluente à UHE Belo Monte (rio Xingú) observa-se, atualmente, uma condição de seca hidrológica severa. Entre as regiões Centro-Oeste e Norte do país, a bacia afluente à UHE Tucuruí (rio Tocantins) está classificada em seca hidrológica extrema.Por fim, localizado entre as regiões Sudeste e Nordeste do país, a bacia afluente à UHE Sobradinho (rio São Francisco) está, atualmente, classificada em condição de seca hidrológica de intensidade severa.
E. PREVISÃO SAZONAL E SUB-SAZONAL PARA O BRASIL
O episódio atual do El Niño está no final do seu ciclo, porém ainda ativo (abril-maio/2024). É provável que este evento esteja relacionado às condições climáticas deflagradoras do desastre no Rio Grande do Sul. No mês de junho o Oceano Pacífico deve apresentar condições neutras. As chances são de 70% para que a La Niña inicie o seu ciclo durante o trimestre Julho-Agosto-Setembro/2024. As principais previsões de vários modelos meteorológicos, desenvolvidas por diversos Centros de Meteorologia em todo o mundo (International Research Institute (IRI-EUA), Centro Europeu (ECMWF), CPTEC/INPE e C3S) concordam em indicar condições para chuvas abaixo da média em nos setores centro-sul dos estados do Amazonas e Pará, e nos estados de Rondônia e Acre, durante o trimestre maio-junho-julho/2024 (MJJ/2024). Nos setores leste da região Nordeste e Sul há chances incrementadas para chuvas acima da média no trimestre MJJ/2024. As previsões subsazonais indicam que maio deve ser um mês com volumes pluviométricos acima da média na Região Sul e na região da Zona da Mata nordestina. No restante do Brasil as condições de chuva serão de normais a abaixo da média até o fim de maio.
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REGISTRO DE IMPACTOS : Gostaria de contribuir registrando ocorrência de eventos de secas no seu município? Sua informação é bem-vinda, mesmo ocorrências de pequenos impactos são de extrema importância. Você pode enviar suas informações pelo link: REGISTRO DE IMPACTOS DE SECAS .
Para mais informações fale conosco: secas@cemaden.gov.br