Balanço 2025: com mais de 300 atividades, Fundação Casa de Rui Barbosa amplia acesso à cultura

Com mais de 300 atividades realizadas ao longo de 2025, entre dezenas de seminários, formações, palestras, cursos e eventos culturais, a Fundação Casa de Rui Barbosa ampliou de forma consistente sua atuação institucional, consolidando-se como instituição de referência nacional e internacional na promoção do acesso público à cultura, na preservação da memória e na produção de conhecimento.Outro grande marco deste ano foi a 1ª edição da FliRui, que transformou os espaços da Fundação em território vivo de leitura, encontro e criação, reunindo cerca de 7 mil pessoas em uma programação gratuita com mais de 40 atividades.

Ao longo de 2025, a Fundação registrou mais de 70 mil visitas ao jardim e mais de 3.500 visitas ao museu, reafirmando seu papel como espaço estratégico de encontro, reflexão e na garantia do direito à cultura. Entre as principais entregas institucionais de 2025, destaca-se a reforma e reabertura do Museu Casa de Rui Barbosa, que passou por melhorias estruturais, modernização das instalações e adoção de medidas de prevenção e segurança, garantindo a proteção do patrimônio e do acervo histórico. A entrega incluiu um novo espaço expositivo, pensado para qualificar a experiência do visitante, ampliar o acesso à informação e valorizar a memória e a trajetória de Rui Barbosa.

A primeira edição da Festa Literária da Casa de Rui Barbosa, a FliRui, consolidou-se como um marco na ampliação do acesso à literatura e no reposicionamento da Fundação como espaço de difusão cultural, diálogo e encontro com a sociedade. Realizada ao longo de três dias, a programação gratuita reuniu cerca de sete mil pessoas e promoveu mais de 40 atividades distribuídas pelo auditório, jardim, áreas externas e Museu Casa de Rui Barbosa, com debates, espetáculos, oficinas, rodas de leitura e ações voltadas a públicos de todas as idades. 

A festa celebrou a diversidade da produção literária brasileira e internacional, com a presença de escritores, artistas, pesquisadores e leitores, e destacou a literatura indígena, a literatura negra, as infâncias e as múltiplas linguagens do campo cultural. Um dos momentos mais simbólicos foi a cerimônia pública de doação de acervos ao Arquivo-Museu de Literatura Brasileira, que incorporou oficialmente os acervos de Daniel Munduruku, Eliane Potiguara e Márcia Kambeba, ampliando a representatividade da memória literária nacional. A intensa circulação de públicos diversos reafirmou a vocação da Fundação como lugar de convivência, formação e democratização do acesso ao patrimônio literário, consolidando a FliRui como um novo e permanente encontro da cidade com a literatura, especialmente no ano em que o Rio de Janeiro foi reconhecido como Capital Mundial do Livro pela UNESCO.

No campo da cooperação internacional, a Fundação teve participação de destaque na Mondiacult 2025, realizada em Barcelona, principal fórum mundial de debates sobre o papel da cultura no desenvolvimento sustentável e na construção de sociedades mais justas e inclusivas. Durante o encontro, foi lançado o livro Desenvolvimento Sustentável em Políticas Culturais, publicação da Cátedra UNESCO de Políticas Culturais e Gestão da Casa de Rui Barbosa que reúne reflexões de pesquisadores e especialistas brasileiros sobre temas como democracia cultural, multilateralismo, diversidade biocultural, inteligência artificial e emergência climática, ampliando a circulação internacional da produção acadêmica desenvolvida no âmbito da Fundação.

Ainda no eixo internacional, a Fundação realizou o Seminário Internacional Cultura Viva Comunitária – Uma Escola Latino-Americana de Políticas Culturais, no México, consolidando sua atuação como referência no debate sobre cultura de base comunitária e políticas culturais na América Latina e na Ibero-América. O encontro reuniu mais de 300 participantes presenciais, ultrapassou 10 mil visualizações online e contou com mais de 20 atividades de debate, formação e reflexão, fortalecendo redes de cooperação entre governos, pesquisadores e iniciativas culturais.

Essa ampliação de ações se refletiu também na realização do XIV Seminário Internacional de Políticas Culturais, que reuniu especialistas do Brasil e da América Latina para debater a dimensão global das políticas culturais. O encontro contou com mais de 230 especialistas, 40 mesas, mais de mil participantes presenciais e mais de oito mil visualizações online, consolidando a Fundação como espaço central de reflexão crítica, intercâmbio e formulação no campo das políticas culturais.

A programação cultural e formativa do ano incluiu iniciativas de grande alcance. O curso Uma Arrebentação das Margens: Prosa de autoria de mulheres afro-brasileiras e afrodiaspóricas, ministrado por Conceição Evaristo, reuniu mais de 300 participantes presenciais, mais de 4.500 participantes online e ultrapassou 60 mil visualizações no YouTube. No campo da cultura popular, a Casa Rui promoveu o I Congresso Internacional de Literatura de Cordel e o II Congresso Brasileiro de Literatura de Cordel, fortalecendo o diálogo entre gerações e territórios e afirmando a instituição como referência na valorização das expressões da cultura popular brasileira. Durante a Festa Literária Internacional de Paraty, a Fundação ocupou espaço de destaque com uma programação diversa, reunindo mais de 600 participantes em mais de dez atividades voltadas ao debate sobre literatura, memória, políticas culturais e democracia.

O Programa Rui Barbosa e o Tempo Presente (Pro-Rui) ampliou, em 2025, as ações de formação, debate e difusão cultural da Fundação Casa de Rui Barbosa, com a realização de 16 eventos, entre encontros presenciais e on-line. A programação reuniu cerca de 7.600 participações, somando público presencial e virtual, fortalecendo o diálogo com pesquisadores, estudantes e o público em geral e consolidando o Pro-Rui como espaço permanente de circulação de ideias e reflexão sobre temas contemporâneos.

No fortalecimento institucional, a realização do concurso público, com dez vagas para pesquisador, tecnologista e analista de ciência e tecnologia, contribuiu para a renovação e qualificação do quadro técnico da Fundação, ampliando sua capacidade de atuação nas áreas de pesquisa, preservação e gestão cultural.

Para o presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa, Alexandre Santini, “Em 2025, a Fundação Casa de Rui Barbosa consolidou um processo de reposicionamento institucional e realização de ações estratégicas. O concurso público e a reforma do Museu Casa de Rui Barbosa foram marcos desse período, fortalecendo as equipes, qualificando os espaços e garantindo melhores condições para a preservação do patrimônio e o atendimento ao público.No campo da pesquisa e da difusão, a Casa avançou no diálogo com a diversidade cultural brasileira, ampliando o acesso e a participação da sociedade. O ano foi marcado por resultados concretos, que consolidaram processos estruturantes de gestão e ampliaram o reconhecimento público do trabalho desenvolvido pela Fundação.”

A agenda de 2025 foi concluída com a entrega da Medalha Rui Barbosa, que reconheceu trajetórias comprometidas com a cultura, a pesquisa e o fortalecimento da democracia brasileira, reafirmando a centralidade do legado intelectual e público de Rui Barbosa na atuação da Fundação. Os resultados projetam um 2026 de continuidade e ampliação, com a Fundação Casa de Rui Barbosa fortalecendo sua presença institucional e ampliando o alcance de suas ações culturais, acadêmicas e de preservação.