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CIBERSEGURANÇA
ABIN realiza 1º Simpósio de Inteligência e Segurança Cibernética em Brasília
O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento para a Segurança das Comunicações (Cepesc) da ABIN e o Conselho Nacional do Ministério Público realizaram, nesta quarta-feira – 19 de março –, o 1º Simpósio de Inteligência e Segurança Cibernética, na sede da Agência, em Brasília/DF.
Cerca de 280 representantes de 150 instituições públicas e privadas participaram das discussões. Ao longo do dia, 17 especialistas apresentaram palestras ou compuseram painéis para debater a segurança cibernética.
O secretário geral de Planejamento e Gestão da ABIN, Rodrigo de Aquino, iniciou o seminário lembrando que o evento é uma iniciativa de aproximar a Inteligência da sociedade. Frisou que os desafios na arena da cibersegurança precisam ser enfrentados conjuntamente, com compartilhamento de informações pelas instituições.
“Somente assim serão preservadas a segurança cibernética e a soberania digital da sociedade e do Estado, protegendo-se os interesses das pessoas”, afirmou Aquino.
O oficial de Inteligência Juliano Ferreira, do Cepesc, fez a abertura do simpósio ressaltando que o objetivo principal era fortalecer as relações institucionais para propiciar a cooperação na área, tanto entre as instituições públicas quanto entre governo e empresas privadas. “Afinal, todos, público e privado, temos como missão trabalhar em prol da defesa da sociedade e do Estado brasileiro”, defendeu Ferreira.

Já a diretora da Escola de Inteligência (Esint), Anna Cruz, apresentou os desafios de segurança cibernética elencados na publicação da Esint “Desafios de Inteligência 2025”: ataques cibernéticos estatais e não estatais e impactos da Inteligência Artificial (IA) na segurança cibernética.

O secretário de Transformação Digital do Tribunal de Contas da União (TCU), Wesley Vaz Silva, defendeu a importância do equilíbrio entre inovação e proteção no uso da IA. “Quanto mais autônoma é uma ferramenta, de mais supervisão humana ela necessita”, disse.

O cofundador e co-CEO da empresa Senha Segura, Marcus Scharra, apontou o fato de ser necessário investir na indústria brasileira de segurança cibernética, como forma de se proteger da espionagem e interferência externa de outros países. “As instituições públicas brasileiras ainda são majoritariamente protegidas por empresas estrangeiras”, afirmou.

O simpósio ainda contou com palestras e painéis sobre temas como “Segurança cibernética do Estado brasileiro”, “Geopolítica e o espaço cibernético” e “Cooperação em segurança cibernética entre os setores público e privado”.


