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DESINTRUSÃO
ABIN acompanha Operação de Desintrusão da Terra Indígena Munduruku, no Pará
A primeira fase da Operação de Desintrusão da Terra Indígena Munduruku (OD-TIMU), no Pará, foi concluída neste início de ano consolidando uma das maiores investidas contra o garimpo ilegal na Amazônia. Em quase três meses de atuação, a operação realizada por mais de 20 órgãos, sob coordenação da Casa Civil, causou um prejuízo de R$ 112,3 milhões às atividades ilícitas, com a destruição de equipamentos e a interrupção da logística que sustenta a mineração ilegal na região.
Durante a missão, servidores da ABIN realizaram assessoramento direto aos órgãos parceiros presentes no Centro de Operações Integrado, promoveram contatos interinstitucionais e participaram das reuniões diárias da coordenação. Em 31 de janeiro, a Agência participou da cerimônia de desmobilização da base do Exército Brasileiro montada na Base Aérea.
“Não há como se pensar uma operação dessa magnitude sem um adequado funcionamento do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin). As informações coletadas junto a órgãos de segurança e agências de fiscalização são fundamentais para que a ABIN possa assessorar e orientar a coordenação da OD-TIMU”, afirmou um dos representantes da ABIN na operação.
A OD-TIMU, dividida em diversas fases, conta com a participação da ABIN em todas elas. Com o início da última fase, denominada pós-desintrusão, haverá desmobilização da base montada pelo Exército Brasileiro, mas a Agência continuará acompanhando a região, para assegurar a manutenção dos resultados alcançados até agora e subsidiar as tomadas de decisão de equipes de força de segurança que permaneceram no local.
OD-TIMU
A OD-TIMU conta com a participação de diversos órgãos e agências do Governo Federal. Além da ABIN, atuam na operação de desintrusão Casa Civil/PR, AGU, Anac, ANTT, ANP, Censipam, Exército Brasileiro, Força Nacional de Segurança Pública, Funai, Ibama, ICMBio, MPI, PF, PRF e Secom/PR.
Localizada no sudoeste do Pará, a TI Munduruku tem cerca de 2.382.000 de hectares, divididos entre os municípios de Jacareacanga e Itaituba. É habitada pelos povos Munduruku, Apiaká e isolados do Alto Tapajós. É atingida sobretudo pela prática de garimpo ilegal, que também afeta unidades de conservação do seu entorno.
A ação de desintrusão atende à decisão do Supremo Tribunal Federal na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 709, garantindo a proteção dos povos indígenas e do meio ambiente.
