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Tecnologia pode otimizar efeito terapêutico dos IFAs
Os IFAs (ingredientes farmacêuticos ativos) são moléculas altamente sensíveis e geralmente pouco solúveis na água, o que dificulta sua absorção pelo organismo. Por conta disso, a extrusão a quente – ou HME (sigla de hot melt extusion, em inglês) – tem se mostrado um método muito eficaz para produção de medicamentos mais eficientes contendo IFAs com classificação biofarmacêutica (BCS) que indica baixa solubilidade (BCS II e IV) e baixa permeabilidade (BCS IV). Trazendo uma grande contribuição tecnocientífica para o processamento desses IFAs por HME, uma nova metodologia foi publicado na edição de novembro de 2025, na revista AAPS PharmSciTech, periódico oficial da Associação Americana de Cientistas Farmacêuticos.
O artigo “Rheological Properties and Process Temperature Prediction for the Hot Melt Extrusion of Artesunate with Soluplus®/Span®20” traz parâmetros precisos para a extrusão a quente do artesunato, que é um IFA usado para tratamento da malária e termicamente sensível. O engenheiro químico Fabio Dantas, do Laboratório de Tecnologia de Tecnologia de Pós (Latep) do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), lidera o estudo, desenvolvido em colaboração os pesquisadores Maria Helena Rocha-Leão e Daniel Lins de Sales, da Escola de Química da UFRJ; André Luís Marcomini, Cesar Augusto Beatrice e Carlos Henrique Scuracchio, do Departamento de Engenharia de Materiais da UFSCar, Pedro Henrique Franco ex-bolsista PCI; e Alessandra Viçosa, de Farmanguinhos/FioCruz.
(O artigo original pode ser conferido em: https://link.springer.com/article/10.1208/s12249-025-03274-6)