Palestra discute os caminhos do conhecimento científico e o combate à desinformação

A professora e pesquisadora Luana Sales, do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (PPGCI-Ibict) ministrou palestra para alunos do 9º ano do ensino fundamental, no Ciep Compositor Donga, no Rio de Janeiro (RJ).

Sob o título “De onde vem o conhecimento e para onde ele vai”, a palestra abordou o percurso do conhecimento científico desde sua origem, com o questionamento e a curiosidade investigativa, passando pelo método científico, a gestão de dados e o ciclo da comunicação científica, processo no qual a informação é validada, publicada e disseminada para a sociedade.

Luana Sales disse que o encontro incentivou os alunos a refletir sobre como a ciência é construída de forma coletiva e fundamentada em dados confiáveis, destacando a importância da gestão da informação e da responsabilidade no uso e tratamento dos dados de pesquisa.

De acordo com Luana Sales, foram discutidas questões como: "Como sabemos se uma informação é verdadeira?" e "Por que os cientistas precisam cuidar e preservar os dados antes, durante e depois da pesquisa?". A palestra também relacionou esses temas ao debate atual sobre desinformação, destacando a importância de reconhecer fontes confiáveis e de não acreditar em qualquer informação encontrada na web ou nas redes sociais.

A palestra integra um conjunto de ações de divulgação científica vinculadas ao projeto Jovem Cientista do Estado do Rio de Janeiro, intitulado “Gestão de dados de pesquisa FAIR: uma proposta de modelo para aceleração das pesquisas científicas no estado do Rio de Janeiro”, iniciado em 2022 e com término previsto para o final de 2025.

Além desta palestra, ainda estão previstas outras duas ações em escolas públicas do estado do Rio de Janeiro, uma no município de Nilópolis e outra em Niterói. Para a professora Luana Sales, “divulgar ciência nas escolas tem sido uma vivência gratificante, pois, segundo ela, é uma forma de fazer com que o conhecimento produzido na pesquisa chegue, de fato, à sociedade”.

Luana Sales salientou que tem sido interessante ver crianças e adolescentes descobrirem o Ibict e a existência de outros institutos de pesquisa no país. “É como se abríssemos um mundo novo de possibilidades para muitos deles”, concluiu.