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Ibict propõe modelo integrado de museus universitários em ambientes virtuais durante a 77ª SBPC
O Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) participou, nesta terça-feira (15), da mesa-redonda “Museus universitários em espaços virtuais: balanço e perspectivas”, realizada durante a 77ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), no campus da Universidade Federal Rural de Pernambuco, no Recife.
O debate contou com a mediação de Luís Carlos Bassalo Crispino (UFPA) e reuniu como palestrantes Silvana Gregorio Vidotti, coordenadora de Tecnologias Aplicadas do Ibict; Marcus Granato, do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST); e Juana Nunes, representante do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Silvana Vidotti apresentou um modelo de articulação entre museus universitários voltado à curadoria digital integrada e à valorização da experiência do usuário. A pesquisadora destacou o uso de tecnologias como realidade aumentada, inteligência artificial e web semântica para conectar acervos, promover acessibilidade e ampliar o potencial de reuso das informações. “A ideia é criar ecossistemas digitais que permitam representar objetos de forma contextualizada e interligada, indo além da digitalização descritiva”, afirmou.
Ela também defendeu o uso de softwares livres e o desenvolvimento de plataformas interoperáveis para apoiar instituições no processo de virtualização de seus acervos. Segundo Vidotti, esse esforço deve ser orientado por princípios como visibilidade, acessibilidade, curadoria qualificada e preservação digital.
Marcus Granato (MAST) apresentou dados do projeto “Patrimônio Cultural de Ciência e Tecnologia e Museus Universitários”, destacando a existência de mais de 400 museus universitários no país, mas com baixa expressividade no ambiente digital. O pesquisador ressaltou a necessidade de superar fragilidades institucionais e investir em inovação para que os museus universitários possam cumprir seu papel de forma plena no ensino, na pesquisa e na extensão.
Representando o MCTI, Juana Nunes abordou o papel dos museus universitários na popularização da ciência. Ela destacou programas do ministério voltados à democratização do conhecimento e defendeu ações que promovam maior aproximação entre os acervos científicos e a sociedade.
A mesa reforçou o papel estratégico dos museus universitários como instrumentos de mediação entre ciência, cultura e sociedade, e discutiu a urgência de se investir em soluções tecnológicas que garantam sua permanência e relevância no ambiente digital.