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Ibict participa do “I Encontro de Bibliotecários e Profissionais da Ciência da Informação dos Conselhos de Medicina”
O Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) teve participação de destaque no I Encontro de Bibliotecários e Profissionais da Ciência da Informação dos Conselhos de Medicina, realizado nos dias 8 e 9 de julho, em Brasília. Promovido pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), o evento reuniu representantes dos Conselhos Regionais de Medicina e de outras entidades profissionais para discutir o papel estratégico das bibliotecas na era digital.
No dia 8, o diretor do Ibict, Tiago Braga, participou com uma palestra sobre os usos e desafios da inteligência artificial (IA) nas bibliotecas. Ele abordou o potencial transformador da IA em diversas frentes, como na descoberta de novos conteúdos por meio de buscas semânticas, combate à desinformação, busca e recomendação de livros, contação de histórias, interação com usuários sobre obras literárias, além do apoio ao processamento de dados e à segurança dos acervos.
Apesar do potencial, o diretor alertou para entraves importantes, como a escassez de recursos orçamentários, o baixo número de pesquisas aplicadas sobre a implementação de IA no contexto das bibliotecas e o desconhecimento generalizado sobre como integrar essas tecnologias de forma efetiva. Tiago Braga também apresentou iniciativas do Ibict voltadas ao tema, como o Plano UAI (Inteligência Artificial Unificada), voltado para o desenvolvimento de modelos próprios de IA. Destacou ainda a evolução da inteligência artificial NICE, do Canal Ciência, que está sendo aprimorada para atuação em formato de holograma e será lançada oficialmente na próxima reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
Já no dia 9, o Ibict foi representado pelo coordenador da Rede Cariniana, Miguel Arellano, que abordou a importância da preservação digital de documentos. Ele enfatizou que os conteúdos digitais precisam passar por processos contínuos de acessibilidade, armazenamento a longo prazo e garantia de sua legibilidade no futuro, independentemente das mudanças tecnológicas. O coordenador falou ainda sobre algumas das ferramentas que proveem uma implementação razoável de técnicas de preservação digital, como Migração periódica, criação de metadados e adoção de padrões tecnológicos abertos.
O evento, promovido pelo CFM, teve como objetivo promover o diálogo, a troca de experiências e o fortalecimento das bibliotecas como centros estratégicos de conhecimento e cultura nos conselhos profissionais. A programação incluiu oficinas práticas e palestras sobre curadoria de acervos, preservação da memória e as novas tecnologias aplicadas à biblioteconomia.