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Rede DRÍADE encerra 2025 com avanços estratégicos e fortalecimento da preservação digital no Brasil
No último dia 16 de dezembro, a Rede de Estudos e Práticas em Preservação Digital (Rede DRÍADE) realizou a reunião de encerramento de suas atividades em 2025, com um ano marcado por crescimento institucional, ampliação da atuação científica e fortalecimento da cooperação nacional em preservação digital. A rede foi criada pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) como parte das iniciativas da Rede Brasileira de Serviços de Preservação Digital (Rede Cariniana).
De acordo com o coordenador da Rede Cariniana, Miguel Arellano, o ano de 2025 representou um período de importantes avanços para a DRÍADE. “Tivemos novas lideranças, participação em iniciativas estratégicas e aprimoramento da gestão interna que ampliaram nossa inserção científica e institucional. As ações realizadas mostram nosso compromisso com a promoção da preservação digital, a capacitação contínua e o desenvolvimento de práticas inovadoras em âmbito nacional”, destacou.
Entre os destaques do ano esteve a realização do SINPRED – Seminário Internacional de Preservação Digital, ocorrido em junho, em Fortaleza (CE). O evento reuniu pesquisadores, profissionais e gestores de diversas instituições brasileiras e internacionais, promovendo debates qualificados sobre políticas, tecnologias, serviços e desafios contemporâneos da preservação digital.
Outro marco foi o protagonismo da Rede no Dia Mundial de Preservação Digital, quando foram realizadas 17 apresentações técnicas, com a participação de 31 palestrantes, sob o tema central “Serviços de Preservação Digital no Brasil”. A programação apresentou experiências, projetos e soluções desenvolvidas em diferentes contextos institucionais, reforçando o papel da DRÍADE como articuladora do conhecimento técnico-científico na área.
A capacitação contínua também se destacou ao longo de 2025, com a realização de um intenso ciclo de formações internas e externas. As atividades contribuíram para o fortalecimento de competências, a atualização profissional e o compartilhamento de conhecimentos com a comunidade acadêmica e técnica envolvida com a preservação digital.
Para 2026, a rede planeja uma série de reuniões estratégicas e novas ações, incluindo a estruturação de lançamentos institucionais, a definição de estratégias de divulgação, a inscrição de novos pesquisadores e a criação de três novos grupos de estudo, ampliando ainda mais seu escopo de atuação. Atualmente, a base que compõe a DRÍADE é formada por 188 pesquisadores, provenientes de diversas instituições e áreas do conhecimento, o que consolida uma rede interdisciplinar, colaborativa e de alcance nacional.
A Rede DRÍADE tem como principal objetivo reunir pesquisadores, profissionais e instituições para desenvolver, compartilhar e implementar conhecimentos, metodologias e tecnologias voltadas à preservação digital. Atuando como um espaço colaborativo, a rede promove debates, pesquisas e iniciativas estratégicas que visam garantir a longevidade e o acesso contínuo a documentos digitais, contribuindo para o avanço das políticas públicas e das práticas institucionais de preservação digital no Brasil e no cenário internacional.
Certificada pelo Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq, a DRÍADE possui uma estrutura organizacional que combina linhas de pesquisa e grupos de estudo, permitindo uma abordagem aprofundada e integrada dos desafios da área. A rede é liderada pelo coordenador da Rede Cariniana, em parceria com um pesquisador coordenador da própria DRÍADE, e está organizada em cinco linhas de pesquisa: Patrimônio e Memória Digital; Preservação Digital em Museus; Preservação de Publicações Eletrônicas; Preservação de Documentos Arquivísticos; e Preservação da Memória Indígena.
Complementarmente, conta com seis grupos de estudo: Preservação de Repositórios Institucionais; Arquivamento Web; Preservação de Dados de Pesquisa; Preservação Digital de Acervos Audiovisuais e Sonoros; Inteligência Artificial na Preservação Digital (PreservIA); e Preservação Digital de Fotografias. Esses grupos funcionam de forma dinâmica, respondendo a demandas emergentes e estimulando a inovação e a cooperação entre os participantes.