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Presidenta da Fundaj debate escola pública em jornada promovida pela UFPE
A presidenta da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), a professora doutora Márcia Angela Aguiar, participou, na noite de terça-feira (25), de um debate sobre os desafios da escola pública no Brasil. A mesa fez parte da jornada “A Escola Pública: Múltiplos Olhares”, organizada pela Cátedra Paulo Freire e pelo Centro de Educação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O evento, realizado ao longo do dia no Auditório Professor Carlos Maciel, reuniu pesquisadores, educadores e representantes de diversas instituições para discutir a escola pública como espaço de efetivação do direito à educação, com base na Constituição Federal e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Na mesa “A Escola Pública: múltiplos olhares”, mediada por Ana Lúcia Félix, diretora do Centro de Educação da UFPE, a presidenta Márcia Angela destacou a relevância da luta para garantir a materialização dos direitos sociais, inclusive, educação, em um país com tantas desigualdades como o Brasil. “Quando falamos em direitos, é importante lembrar que o direito à educação tem uma ampla abrangência. Se queremos garantir educação, precisamos indagar: quais são as ações do Estado para assegurar também o acesso à saúde, à alimentação, à moradia digna, ao transporte coletivo, ao lazer, à segurança e à proteção da infância? Isso demonstra que a concretização dos objetivos educacionais, na perspectiva da cidadania, só será possível se outros direitos forem igualmente garantidos”, afirmou a presidenta da Fundaj.
A professora Séphora Freitas, presidenta do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Município do Jaboatão dos Guararapes (Sinproja), destacou os desafios enfrentados pelos profissionais da educação, como as condições precárias das escolas municipais, a falta de infraestrutura e a urgência na valorização da carreira docente. “Defendemos uma escola com uma comunidade ativa, tanto dentro quanto fora de seus muros. Uma escola onde os trabalhadores sejam respeitados em suas carreiras, possam conciliar a vida familiar e laboral, e onde os estudantes sejam valorizados. Como disse Paulo Freire, será mais fácil estudar, trabalhar, crescer, fazer amigos, educar-se e ser feliz”, reforçou Séphora.
Por sua vez, a presidenta da União dos Dirigentes Municipais de Educação de Pernambuco (Undime), Andreika Amarante, enfatizou o papel da instituição na luta por uma educação pública de qualidade nos municípios. “É na escola que convivemos com a diferença, e ela precisa estar preparada para lidar com isso. Hoje, temos uma visão que foca apenas na parte cognitiva da aprendizagem, e é por isso que os indicadores apontam grandes desafios não apenas no ensino, mas também na equidade. Só com aprofundamento, luta e discussões será possível alcançar a escola que queremos: uma escola para todos, com infraestrutura adequada, currículo democrático, qualidade e uma formação cidadã e humana”, pontuou.