O Museu do Homem do Nordeste vai ficar de cara nova!

Trazemos ótimas notícias. Em 2026, o Museu do Homem do Nordeste (Muhne) vai ficar de cara nova. Depois de 17 anos da última grande renovação ocorrida na forma de expor seu rico acervo, o Muhne vai renovar completamente sua exposição de longa duração. Em primeiro lugar, uma renovação física, que vai dotar o Museu dos meios tecnológicos necessários para melhor conservar as obras expostas e oferecer, ao público, uma experiência mais envolvente e confortável. 

Mas a renovação não será somente física, pois levará também em conta as grandes mudanças sociais e culturais ocorridas no país e na região ao longo desse tempo todo. Mudanças que impactam diretamente nas formas de documentar e interpretar as questões que fundam e orientam as ações do Muhne. Entendemos que o Museu, como instituição de educação, tem que estar à altura de seu tempo. Museu não é lugar de “coisa velha”, mas de pensamento vivo.

Partindo de um diagnóstico sobre sua exposição feito ainda em 2023, a equipe do Muhne se engajou em planejar novas maneiras de exibir seu acervo. Para isso, realizou, em 2024, oficinas internas e externas como forma de escutar as comunidades que estão representadas no Museu. No mesmo ano, contratou consultores para rever toda a catalogação dos acervos afro-brasileiros e indígenas do Muhne, para que possam ser exibidos de forma ainda mais correta. E, finalmente, elaborou o projeto que vai permitir executar essa grande mudança que estamos anunciando. Projeto que obteve o apoio decisivo do Ministério da Educação, ciente da importância do Museu como uma plataforma de educação multidisciplinar e viva. Agora, é colocar mãos-à-obra. 

Para isso será preciso, evidentemente, fecharmos temporariamente o Muhne. A partir do dia 18 de agosto, fecharemos o piso térreo, de modo que façamos um cuidadoso desmonte das mais de mil peças ali expostas. Em novembro, será a vez de fecharmos o piso superior, onde atualmente se encontra instalada a exposição temporária “Elas: onde estão as mulheres nos acervos da Fundação Joaquim Nabuco?" (corram para ver ou rever enquanto há tempo!). Esse fechamento é imprescindível porque serão feitas intervenções grandes e complexas, como a mudança do sistema de controle de temperatura e umidade do Museu, a troca de seu piso e a construção de uma expografia completamente nova. 

Mas mesmo durante o tempo que estivermos fisicamente fechados, o Muhne continuará atuante através de programas itinerantes realizados por sua equipe de educadores, além de exposições temporárias realizadas em outros espaços expositivos da Fundação Joaquim Nabuco.

A previsão é reabri-lo em junho de 2026. E o melhor: agora, a exposição de longa duração do Muhne ocupará os dois pisos de seu edifício: o térreo e o primeiro andar. Assim como era na época de sua criação, em 1979. Neles serão exibidos, de forma ainda mais adequada e atraente, alguns dos seus muitos destaques já conhecidos, como o acervo do Maracatu Elefante, mas também tesouros praticamente inéditos, como todo o conjunto de figuras que pertenceram ao famoso Boi Misterioso de Afogados, o Bumba-meu-Boi comandado pelo Capitão Pereira. E serão incluídas, também, várias novas aquisições feitas para o acervo do Museu (aguardem!). 

Os próximos meses serão de muito trabalho, e lamentamos ter que fechar o Muhne nesse período. Mas estamos muito animados com as mudanças planejadas. Mudanças necessárias para aperfeiçoar o importante papel social que o Muhne tem desempenhado desde sua criação. Vamos ficar informando, por aqui, o caminhar do processo, para que vocês também possam ir acompanhando mais uma importante etapa na história do Museu do Homem do Nordeste.