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Iniciativas digitais da Fundaj são destaque no Seminário Nacional de Acervos e Plataformas Digitais
A experiência da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) com o uso de ferramentas digitais na preservação e difusão do acervo foi destaque no segundo e último dia do Seminário Nacional de Acervos e Plataformas Digitais. Nesta quinta-feira (10), Albino Oliveira, coordenador de Museologia do Museu do Homem do Nordeste (Muhne), participou da mesa “Experiências em plataformas digitais”.
Responsável pela gestão do acervo do Muhne e membro da comissão interna de preservação digital da Fundaj, Albino Oliveira destacou a bagagem da instituição com as iniciativas digitais e de documentação. “Em minha pesquisa, me deparei com o pioneirismo da Fundaj na documentação de acervos. Em 1977, desenvolvemos um levantamento dos acervos visando criar uma ficha catalográfica polivalente, que servisse a todos os museus”, destacou.
Ao realizar uma retrospectiva das ações da instituição, o coordenador destacou marcos institucionais como a criação do Sistema de Informações Museológicas (1979), terminal de computador no qual parte do acervo poderia ser consultado, e a realização de inventário do Muhne a partir do 2008, com auxílio de novo sistema operacional. Além disso, foram compartilhadas informações sobre atuais ferramentas de pesquisa e acesso aos itens, como o SophiA e o site da Villa Digital, equipamento cultural focado na difusão de documentos históricos nordestinos.
Albino Oliveira apontou, ainda, que a Fundaj continua aprimorando a modernização e na experiência de quem consulta o vasto acervo do Muhne. “Estamos investindo na revisão da documentação do acervo justamente para um pesquisador que abrir a página não ficar restrito a uma determinada peça, e possa navegar e ampliar seu conhecimento naquele assunto”, destacou. “Minha visão é sempre centrada em favorecer o acesso. Isso é o mais importante: que com agilidade consigamos resgatar a peça na reserva técnica e fazer a gestão do acervo”.
Participaram do debate Marcus Granato, coordenador de Museologia do Museu de Astronomia e Ciências (MAST), no Rio de Janeiro (RJ), e Marcus de Brum Lopes, do Museu Casa de Benjamin. Por meio de suas falas, os profissionais compartilharam suas experiências com catalogação e disponibilização dos respectivos acervos em ferramentas digitais. O Seminário Nacional de Acervos e Plataformas Digitais foi uma realização conjunta da Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult-PE), do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).