Notícias
Fundaj sedia debates sobre a educação do País nos Colóquios da Educação Básica
A Fundaj foi sede dos debates sobre a educação do País nos Colóquios da Educação Básica na terça-feira (15). O encontro, que fez parte da programação do VIII Congresso Ibero-Americano de Política e Administração da Educação e do XI Congresso Luso-Brasileiro de Política e Administração da Educação, aconteceu no campus Ulysses Pernambucano, no Derby. O evento integrou a programação do VIII Congresso Ibero-Americano de Política e Administração da Educação e do XI Congresso Luso-Brasileiro de Política e Administração da Educação, que acontece até a próxima quinta-feira (17), no Recife.
Na mesa de abertura, a presidenta da Fundaj, a professora doutora Márcia Angela Aguiar, o presidente da Anpae, Luiz Fernando Dourado, a presidenta do Sintepe, Ivete Caetano, o diretor de Políticas e Diretrizes da Educação Integral Básica da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação (SEB/MEC), Alexsandro do Nascimento Santos.
A presidenta Márcia Angela celebrou a realização do evento e o debate acerca dos profissionais da educação. “É uma profissão que dignifica qualquer um porque não tem nenhuma outra profissão que chegue tão próxima do humano do que a nossa”, afirmou.
Em complemento, o professor Luiz Fernando Dourado falou sobre os desafios da educação brasileira, como o acesso e a permanência dos estudantes, e a necessidade de articulação entre as entidades. “É um momento de nós encaminharmos as nossas lutas numa perspectiva de Estado ampliado”, afirmou.
Para Alexsandro do Nascimento, “fazer um colóquio combinando a força do movimento sindical com a força da pesquisa feita nas universidades convidando o Ministério da Educação para a conversa é revolucionário”. Ele deu destaque à importância da escuta atenta e democrática, e pontuou: “Não há como fazer boa política educacional ignorando o sujeito da ação educativa nas escolas”.
Já a presidenta do Sintepe, Ivete Caetano, falou sobre a importância do diálogo entre o movimento sindical, as fundações, as universidades e a sociedade. “Temos que celebrar esse diálogo que a gente já tinha e vai aprofundar e consolidar. A luta social e a transformação social, naquilo que Paulo Freire nos aponta, só pode ser tecida nesse diálogo fecundo entre todas as instituições que estão nessa luta em defesa da educação pública e de uma política educacional libertadora”, afirmou.
Após a mesa principal, foram realizados, paralelamente, cinco Colóquios nas instalações da Diretoria de Formação Profissional e Inovação(Difor/Fundaj): Educação Infantil, educação e inclusão; Educação Básica em Tempo Integral e Inclusão Digital; Ensino: contextos, diretrizes e formação; Diversidade na Educação: um direito de todas, todos e todes; e Política, gestão e financiamento da educação básica.
Coordenado pela diretora da Difor, Ana Sousa Abranches, e por Marilia Cibele, do Sintepe, o Colóquio 3 teve como palestrantes a presidenta Márcia Angela, o diretor Alexsandro do Nascimento, Paulo Dutra, da Secretaria de Educação de Pernambuco (SEE-PE), e Valdirene Oliveira, coordenadora-geral de Ensino Médio da SEB/MEC, que debateram os desafios enfrentados em diferentes esferas para a valorização profissional e melhoria na educação pública através da consulta popular, além de projetos que estão sendo implantados para garantir que as diretrizes sejam cumpridas.
Durante sua apresentação, a professora Márcia Angela destacou que “o Ensino Médio é um campo de disputa e de muitas contradições”. Para ela, esta tem sido a etapa da educação básica “que tem sofrido mais impactos, principalmente nos anos recentes” e onde os profissionais “sentem mais ainda o significado das reformas no País”. A mesa contou com intervenções e reflexões do público acerca das temáticas abordadas pelos participantes e abordou o contexto desafiador da educação, as políticas educacionais e a disputa em torno da democracia brasileira.