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Formação e valorização dos profissionais da educação são tema de mesa com participação da Fundaj
A manhã da quinta-feira (17/04) foi marcada por reflexões sobre a formação e valorização dos profissionais da educação durante uma mesa plenária nos congressos internacionais de educação. Realizada no auditório do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a mesa teve participação da presidenta da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), a professora doutora Márcia Angela da Silva Aguiar, da professora professora doutora Clara Cruz, e da professora doutora e presidente do Fórum Nacional de Diretores de Faculdades/Centros/Departamentos de Educação ou Equivalentes das Universidades Públicas Brasileiras (ForunDIR), Lueli Nogueira Silva Duarte. A coordenação da mesa foi feita por Maria João de Carvalho.
A atividade integrou a programação do VIII Congresso Ibero-Americano de Política e Administração da Educação e do XI Congresso Luso-Brasileiro de Política e Administração da Educação. Os congressos foram promovidos pela Associação Nacional de Política e Administração da Educação (Anpae), pelo Fórum Português de Administração Educacional (FPAE) e pelo Fórum Europeu de Administradores da Educação na Espanha (FEAE), com apoio da Fundaj e da UFPE.
Em sua fala, a presidenta da Fundaj abordou a valorização dos profissionais da educação, destacando a importância de considerar também gestores, supervisores e todas as pessoas envolvidas no ambiente escolar. Ela também relembrou a trajetória histórica da luta por reconhecimento da categoria, mencionando a importância da aproximação entre a academia e os sindicatos. Por fim, a presidenta ressaltou os desafios em torno do orçamento e da permanência das políticas sociais no Brasil.
“Quando falamos da valorização dos profissionais da educação, estamos entrando na disputa com diversas áreas e querendo passar uma perspectiva de que a escola, as instituições educativas, têm princípios que precisam ser respeitados no sentido de favorecer a formação humana. Isso implica cada vez mais a necessidade de que os profissionais tenham uma formação que respeite a dignidade humana, que valorize cada um e cada uma na forma como se apresenta. E isso exige das instituições formadoras uma atenção muito grande”, destacou Márcia Angela.
A professora portuguesa Clara Cruz apresentou um panorama das políticas públicas de formação continuada de professores em Portugal. Ela analisou o processo de reajustamento do sistema de formação e apontou incertezas e desafios presentes nas diretrizes que moldam as prioridades formativas. “A desvalorização da formação cultural, social e ética condiciona a aprendizagem e o desenvolvimento profissional dos futuros professores e contribui para a individualização da sua ação e para o fechamento da profissão”, trouxe a educadora em sua apresentação.
Já a professora Lueli Nogueira Silva Duarte centrou sua participação no novo Plano Nacional de Educação (PNE), destacando o papel das entidades na defesa das políticas públicas e na formulação de diretrizes. Ela destacou a importância dos eixos elaborados na Conferência Nacional de Educação (CONAE) de 2024, com atenção à valorização dos profissionais, ao compromisso com a justiça social e ao financiamento da educação pública, com controle social. “Optei por abordar o PNE. Já se iniciam os trabalhos no Congresso até sua aprovação. Não podemos deixar de pensar que esse é nosso foco. E nossa conjuntura nesse momento é unirmos as forças de todos nós em defesa e para a aprovação do novo PNE, embora haja necessárias lacunas que precisam ser preenchidas, novas emendas que precisam ser incluídas.”
A mesa foi aberta com uma apresentação cultural do Quinteto de Sax da Escola Municipal de Artes João Pernambuco, que emocionou o público com interpretações de clássicos, como Asa Branca.