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Pesquisa foi uma das vencedoras da competição global Investing in Drought Resilience, da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação
INSA/MCTI apresenta experiências em agroecologia no semiárido brasileiro em evento internacional no Panamá
As soluções agroecológicas desenvolvidas pela agricultura familiar brasileira estão ganhando o mundo. Nesta segunda-feira (01), o pesquisador do Instituto Nacional do Semiárido (INSA/MCTI) e Correspondente Científico do Brasil na Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD), Aldrin Perez Marin, apresentou o trabalho “Agroecologia no Semiárido brasileiro: estratégias inovadoras para regenerar territórios, ecossistemas e renda, fortalecendo resiliência e sustentabilidade climática” na 23ª reunião do Comitê de Exame da Aplicação da Convenção (CRIC 23) da UNCCD. O encontro acontece entre os dias 01 e 05 de dezembro na Cidade do Panamá, na América Central.
O estudo foi apresentado por Marin no primeiro dia da CRIC 23, no painel Money Meets Resilience: Innovative Investment Pathways for Drought Action, traduzido como “Onde o Dinheiro Encontra a Resiliência: Caminhos Inovadores de Investimento para enfrentar a seca”. O evento reuniu os vencedores da competição de estudos de caso e promoveu uma discussão interativa com especialistas internacionais no financiamento de ações ligadas à gestão da seca.

- CRIC 23
Após a apresentação dos estudos de caso do Brasil e de Burkina Faso, os integrantes do painel participaram de um debate sobre como análises econômicas e ferramentas como práticas agroecológicas, créditos de carbono e pagamento por serviços ecossistêmicos podem promover a resiliência à seca e o gerenciamento sustentável da terra. A atividade recebeu contribuições de especialistas de várias partes do mundo e estabeleceu um espaço de diálogo e troca de experiências que podem somar forças no combate à desertificação em todo o planeta.
Entre os objetivos da CRIC 23 estão o aprofundamento da compreensão sobre o financiamento da gestão da seca e as principais tendências no assunto, a elaboração de estratégias para integrar ferramentas de financiamento aos planos e políticas nacionais, o compartilhamento de casos práticos que ajudam a construir resiliência climática e o fortalecimento de um ecossistema de aprendizado e reflexão sobre ferramentas inovadoras de financiamento.

- CRIC 23
Para Aldrin Pérez Marín, representante do Brasil e do INSA no evento, o reconhecimento de um trabalho desenvolvido no semiárido brasileiro em um espaço global de discussão sobre a resiliência à seca insere o país e, mais especificamente, a região semiárida no rol de soluções relacionadas à sustentabilidade e às respostas à mudança global do clima. O pesquisador destacou ainda o potencial de um evento dessa natureza para conscientizar a comunidade internacional sobre mecanismos de monitoramento ambiental e climático, promover um maior alinhamento entre políticas públicas e estratégias de financiamento e inspirar os atores globais a desenvolver modelos criativos de financiamento para a ação climática.