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Geotintas do Semiárido são destaque em palestra na VI Semana Científica do Agreste Pernambucano
As geotintas podem ser usadas em atividades pedagógicas e artísticas de forma sustentável - Foto: Divulgação/INSA
No último dia 14, a VI Semana Científica do Agreste Pernambucano (Secap) recebeu a palestra "Uso de geotintas de solos do Semiárido como estratégia socioambiental", conduzida pela pesquisadora Kalline Carneiro, com mediação de Letícia Moro. Ambas atuam como pesquisadoras PCI na área de Solos e Mineralogia e trouxeram ao público uma proposta inovadora sobre o potencial dos solos do Semiárido brasileiro.
O encontro online integrou a programação do evento, que neste ano tem como tema central “Educação, Pesquisa e Extensão como ferramenta de transformação social”. A palestra abordou como as chamadas geotintas — pigmentos naturais derivados de solos regionais — podem ser utilizadas de maneira criativa e sustentável, tanto no contexto educacional quanto artístico e até mesmo na construção civil.
Segundo as pesquisadoras, o uso das geotintas representa uma forma acessível de valorização dos recursos locais. “Além de ser uma ferramenta didática de baixo custo para escolas, elas também se mostram como uma alternativa ecológica na construção civil, promovendo o aproveitamento de materiais naturais e reduzindo o impacto ambiental”, destacaram.
Durante a apresentação, foram exibidos resultados de pesquisas e experiências práticas desenvolvidas pela equipe da área de Solos e Mineralogia, que demonstram a viabilidade e os benefícios da técnica. As aplicações das geotintas vão desde atividades pedagógicas em escolas de diferentes níveis de ensino até projetos de arte comunitária e construção sustentável.
A palestra foi uma das muitas atividades da VI Secap, que acontece de 13 a 16 de maio de 2025, totalmente online. O evento, de caráter inter e multidisciplinar, é organizado por estudantes e professores da UPE; UFAPE; IFPE-Garanhuns; UNINASSAU-Garanhuns; AESGA; FIC; e SECAP, com o objetivo de integrar saberes acadêmicos e promover o diálogo entre universidade e sociedade.
A discussão promovida pela palestra reforça o papel da ciência aplicada como motor de inovação social, ao mesmo tempo em que ressalta a importância de práticas sustentáveis e inclusivas no contexto regional. Uma verdadeira aula sobre como a natureza, a ciência e a criatividade podem caminhar juntas rumo a um futuro mais consciente e conectado com a realidade das comunidades locais.