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Caatinga em foco na agenda climática: INSA/MCTI destaca o bioma como solução natural rumo à COP 30
Dr. Aldrin Martin Pérez Marín (Divulgação ICLEI)
Durante o 4º Encontro Nordeste ICLEI Brasil, o pesquisador do Instituto Nacional do Semiárido (INSA/MCTI) e correspondente científico do Brasil na Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD), Dr. Aldrin Martin Pérez Marín, defendeu a Caatinga como epicentro das Soluções Baseadas na Natureza (SbN) para enfrentar a desertificação, a seca e as mudanças climáticas no Nordeste.
A fala integrou o painel “Nossa Terra, Nosso Futuro: O Protagonismo da Caatinga no Combate à Desertificação”, realizado em Teresina (PI), com representantes do Ministério do Meio Ambiente, do Itamaraty e dos governos estaduais do Nordeste.
“Da Caatinga brota o Brasil que regenera: justo, vivo e de baixo carbono”, afirmou Aldrin, destacando o potencial do bioma como sumidouro ativo de carbono e modelo de resiliência ecológica e social. “Com a Caatinga como ponto de partida que regenera o Brasil, agradeço a atenção”, concluiu, em tom de manifesto ambiental.
Segundo dados apresentados pelo pesquisador, estudos recentes indicam que a Caatinga é responsável por cerca de 50% da remoção líquida de gases de efeito estufa (GEE) do Brasil, reforçando sua importância estratégica para as metas de neutralidade de carbono do país rumo à COP 30, que será sediada em Belém (PA).
A apresentação também destacou as inovações do INSA no monitoramento da desertificação e do carbono do solo por meio do Observatório da Caatinga e Desertificação (OCA), além de projetos pioneiros como a plataforma “Floresta em Pé, Renda Justa”, que conecta conservação ambiental à geração de renda por meio do mercado regulado de carbono social.

- Pesquisador levou as reflexões ao painel “Nossa Terra, Nosso Futuro: O Protagonismo da Caatinga no Combate à Desertificação” (Divulgação ICLEI)
“A Caatinga não é o fim da linha — é o ponto de partida do Brasil que regenera”, reforçou Aldrin. “Proteger e restaurar esse bioma é proteger milhões de pessoas, garantir água, comida e dignidade, e reposicionar o Nordeste como protagonista da agenda climática global.”
Com o protagonismo do INSA e de suas parcerias científicas, o painel reafirmou que a Caatinga não é problema a ser resolvido, mas solução viva para o planeta — um bioma essencial na construção de um futuro climático justo, inclusivo e de baixo carbono.
Sobre o Evento
4º Encontro Nordeste ICLEI Brasil – Transição Energética Justa e Resiliência da Caatinga rumo à COP 30
De 20 a 22 de outubro de 2025
No SEBRAE Teresina (PI)
Instituições envolvidas: ICLEI Brasil, INSA/MCTI, MMA, MRE, governos estaduais do Nordeste
Saiba mais em: oca.lsd.ufcg.edu.br