Lançado o livro “Museu Virtual de Instrumentos Musicais: Espaço de convergência de acervos”

A publicação impressa é um projeto desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) com financiamento da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ). O trabalho é fruto das pesquisadoras Adriana Olinto Ballesté do Ibict, e das bolsistas da FAPERJ, Álea de Almeida e Ana Cristina Valentino, que estão há mais de uma década à frente do trabalho do Museu Virtual de Instrumentos Musicais (MVIM).  

O livro contempla a história do Museu Virtual de Instrumentos Musicais (MVIM) e dos museus parceiros, Museu Instrumental Delgado de Carvalho (MIDC), Museu Villa-Lobos (MVL) e Instituto Moreira Salles (IMS). A obra também oferece informações sobre organização, preservação, acondicionamento e fotografia dos instrumentos musicais; verbetes sobre os instrumentos musicais do museu com descrição e fotografias; verbetes sobre autores e fabricantes.

Ilustrado com fotos dos acervos, o livro representa não só um marco festivo dos doze anos de existência do MVIM, como também um registro de pesquisa e desenvolvimento de um projeto original e inovador que reúne em seu espaço virtual 120 instrumentos musicais provenientes de quatro renomadas instituições que dificilmente seriam reunidos no mundo concreto.

Adriana Ballesté contou que teve a oportunidade de dar entrevista sobre o livro, no dia 08 de fevereiro, para a Rádio ANTENA MEC, no programa do Sidney Ferreira. A autora diz “que esse projeto é muito importante, pois, além de divulgar os instrumentos musicais existentes em prestigiados museus brasileiros, também atua na preservação e resgate de instrumentos musicais”. “O livro marca a trajetória do MVIM como um espaço agregador de instrumentos musicais e de conhecimento”, ressaltou Adriana Ballesté.

Álea de Almeida explicou que o Museu Instrumental Delgado de Carvalho, que estava desativado, possui itens de imenso valor incluindo raridades, advindas de diversos países do mundo – China, Índia, Japão, Marrocos, Hungria, Portugal e Brasil – e com o projeto MVIM foi possível restaurar, catalogar e acondicionar de forma correta os itens, sendo que, agora, muitos deles podem ser tocados.

Ana Cristina Valentino lembrou que o compositor Heitor Villa-Lobos compôs músicas que envolviam instrumentos de percussão muito diferentes dos habituais, no entanto, muitos desses instrumentos não existiam mais no Museu Villa-Lobos e, através do projeto, foram recriados por um luthier (construtor do antigo instrumento alúde) especialista.

Conheça mais sobre a história do MVIM:

O MVIM foi criado no Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) com financiamento da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ). O MVIM deu seu primeiro passo com o projeto “Museu Virtual de Instrumentos Musicais Delgado de Carvalho”, em 2011, em parceria com a Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), objetivando a criação do primeiro museu virtual de instrumentos musicais no Brasil. O acervo foi restaurado, catalogado, fotografado, acondicionado e em 2014, foi inaugurado o site. Em 2019, novamente com o apoio da FAPERJ, o MVIM entra em uma nova etapa de desenvolvimento, em parceria com o Museu Villa-Lobos e o Instituto Moreira Salles, cujos acervos foram fotografados, catalogados, e inseridos no catálogo online do MVIM. 

O livro pode ser solicitado no site do MVIM: https://www.mvim.com.br/ ou no site da editora Garamond no link: https://www.garamond.com.br/