Servidores públicos da área de Ciência e Tecnologia comemoram 30 anos do plano de carreira de Ciência e Tecnologia

O plano de carreira dos servidores públicos de Ciência e Tecnologia de todo o País completou 30 anos de instituição. Foi em 1993, que a Lei nº 8.691 estruturou o Plano de Carreiras dos órgãos e entidades da Administração Pública Federal Direta, Autárquica e Fundacional, integrantes da área de Ciência e Tecnologia, que tinham como principais objetivos a promoção e a realização da pesquisa e do desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil.

A lei criou e organizou três carreiras: a de pesquisa em C&T, a de desenvolvimento tecnológico e a de gestão, planejamento e infraestrutura em C&T.

O diretor do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), Tiago Braga, ressaltou que, “neste momento em que estamos comemorando os 30 anos de carreira de Ciência e Tecnologia, temos muito definido de que é necessário fortalecer a carreira, com vistas a dar mais credibilidade e consolidar o desenvolvimento social, econômico e ambiental do País”.

De acordo com o diretor do Ibict, “quando percebemos a população questionando a ciência, entendemos o quanto é fundamental que a ciência se faça presente nos espaços sociais e no dia a dia da população”. E isso, segundo Tiago Braga, só é possível com uma carreira estruturada e que dê garantias para os servidores alocados nela.

Tiago Braga salientou que “justamente na comemoração dos 30 anos das carreiras de ciência e tecnologia, é possível ver um grande esforço do governo federal, também, na ampliação do número de servidores voltados para a carreira de Ciência e Tecnologia, no momento em que haverá o maior concurso da carreira de Ciência e Tecnologia do País”.

“Esse concurso vem resgatar e solidificar essa carreira que foi tão desprestigiada nos anos passados, com a diminuição do quadro e que agora a gente vê uma tendência ao contrário, ou seja, um aumento do quadro”, frisou Tiago Braga, lembrando que os profissionais de carreira são fundamentais para garantir que o Brasil continue na vanguarda do desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação na América Latina e também frente a outros países e de contextos mundiais distintos.

O coordenador da Área de Tratamento, Análise e Disseminação da Informação Científica (Codic) do Ibict, Washington Segundo, também falou sobre os 30 anos de carreira de Ciência e Tecnologia. Segundo ele, a carreira de pesquisa aplicada à ciência e à tecnologia foi fundamental para a sua formação profissional.

“Eu percebo que essa é uma carreira muito importante e gratificante para mim e, ao mesmo tempo, percebo que eu posso contribuir para a sociedade, através do Ibict, realizando pesquisas e coordenando a construção de produtos e serviços que podem servir ao público específico e à sociedade em geral a fim de que possam usufruir do fazer científico e que entendam um pouco mais como o processo de se construir ciência é realizado”, explicou Washington Segundo.

Na opinião da pesquisadora do Ibict e coordenadora do GO FAIR Brasil, professora Luana Sales, as conquistas realizadas nestas três décadas (30 anos de carreira de Ciência e Tecnologia) “são um reflexo do comprometimento e da dedicação contínua à Ciência e Tecnologia”.

Para Luana Sales, o investimento em pesquisa e inovação, juntamente com a colaboração entre universidades, institutos de pesquisa e o setor privado, tem gerado aprendizado e aplicação prática do conhecimento, levando a avanços tecnológicos que por sua vez sustentam o desenvolvimento econômico e social do País.

Com isso, segundo Luana Sales, “o Brasil vem ganhando, cada vez mais, reconhecimento global por suas contribuições nas áreas científicas e tecnológicas, o que não apenas fortalece nossa posição no cenário internacional, mas também fomenta o orgulho nacional e a confiança em nossa capacidade de enfrentar desafios complexos”.

O pesquisador do Ibict e coordenador da Coordenação de Ensino e Pesquisa, Ciência e Tecnologia da Informação (Coepi), Ricardo Pimenta, ressaltou que já são 30 anos, desde a criação da lei 8.691/93 que criou a carreira de ciência e tecnologia no Brasil e que “é importante e significativo comemorar o aniversário, uma vez que acabamos de sair de um momento difícil para a própria ciência brasileira que se encontrou, nos últimos anos, em xeque de forma muito injusta graças ao recrudescimento de um negacionismo científico e que, infelizmente, encontrou ressonância na sociedade civil como um todo e até mesmo entre pessoas que representavam o poder público”.

“A construção é contínua. Assim como o combate ao negacionismo, o investimento nas muitas infraestruturas de Ciência e Tecnologia e a valorização de analistas, tecnologistas e pesquisadores que compõem a linha de frente da lida com o conhecimento”, frisou Ricardo Pimenta, acrescentando que a “ciência brasileira precisa de mais cientistas e mais servidores que possam colaborar com esta empreitada fundamental para o bem-estar e para o conhecimento científico, que passa pelas nossas mãos, pela nossa caneta e pela nossa voz. Que os próximos 30 anos sejam de desenvolvimento constante e de diálogo”, finalizou.

Saiba mais sobre a carreira de Ciência e Tecnologia

Em 1993, a Lei nº 8.691, estruturou o Plano de Carreiras dos órgãos e entidades da Administração Pública Federal Direta, Autárquica e Fundacional, integrantes da área de Ciência e Tecnologia, que tinham como principais objetivos a promoção e a realização da pesquisa e do desenvolvimento científico e tecnológico do país.

A lei criou e organizou três carreiras: a de pesquisa em C&T, a de desenvolvimento tecnológico e a de gestão, planejamento e infraestrutura em C&T.

A carreira de pesquisa é composta apenas pelo cargo de pesquisador.

A carreira de desenvolvimento tecnológico admite três cargos: tecnologista de nível superior, o técnico de nível médio e o auxiliar-técnico de nível fundamental.

Na carreira de gestão, planejamento e infraestrutura em C&T são três os cargos: analista em C&T de nível superior, o assistente em C&T de nível médio e o auxiliar em C&T de nível fundamental.

Saiba mais sobre os Órgãos integrantes da Carreira de Ciência e Tecnologia, segundo informações do site oficial do MCTI:

São ao todo 19 órgãos que compõem à Carreira de Ciência e Tecnologia no Brasil: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI); Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN); Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI); Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior (Capes); Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj); Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro); Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM); Centro de Análise de Sistemas Navais (Casnav); Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM); Coordenadoria para Projetos Especiais (Copesp), do Ministério da Marinha; Secretaria da Ciência e Tecnologia do Ministério do Exército (SCT/MEx); Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Aeronáutica (Deped/MAer); Instituto Evandro Chagas (IEC/FNS); Instituto Nacional do Câncer (INCa); Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict); Fundação Casa de Rui Barbosa; Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro e Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM).

Com informações do MCTI