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POVOS ORIGINÁRIOS
Ambulatório de Saúde Mental, Casa de Reza e podcast em guarani: indígenas ganham protagonismo no HU-UFGD
Dourados (MS) – O Hospital Universitário da Grande Dourados (HU-UFGD), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), realizou, em 29 de abril, a inauguração do Ambulatório de Saúde Mental Indígena, e das obras de reforma e ampliação da Farmácia Hospitalar e do Projeto de Combate a Incêndio e Pânico. Na programação do dia também ocorreu o lançamento do Podcast Mba’éichapa HU-UFGD, elaborado no idioma guarani. O hospital atende a população da maior reserva indígena urbana do Brasil, em Dourados.
Além das inaugurações, foi anunciada a construção da Casa de Reza no HU-UFGD. Também foi promovida uma visita à obra de ampliação da Unidade da Mulher e da Criança (em andamento). Essa obra, no valor de R$ 28 milhões, com recursos do Novo PAC, duplicará os leitos na UTI Pediátrica (de 10 para 20) e na UTI Neonatal (de 10 para 20) e quase triplicará a Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal, saindo de 15 para 40 leitos.
Na ocasião, a diretora de Atenção à Saúde da Ebserh, Lumena Furtado, destacou que o podcast no idioma guarani facilitará o acesso às informações e ao cuidado para a população indígena. Ela também falou sobre a importância da Casa de Reza: “Poderemos, em construção conjunta com os indígenas, ter um espaço mais qualificado, dentro do hospital, para realização de atividades conforme os saberes tradicionais da população indígena”.
Sobre a Unidade da Mulher e da Criança, obra o PAC 2, Lumena comentou que é uma obra importante para o cuidado materno-infantil, levando em consideração o aumento dos leitos na UTI Pediátrica, na UTI Neonatal e na Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal.
“Para garantir o acesso à saúde a essa população, realizamos um trabalho que é um aprendizado constante. Os indígenas têm uma visão de saúde diferente da nossa, que é uma visão de saúde relacionada à natureza, ao meio ambiente”, disse o superintendente do HU-UFGD, Hermeto Macario Amin Paschoalick. Ele evidenciou que o HU tem placas em guarani e intérprete indígena em tempo integral no hospital.
“Buscamos entender, como na perspectiva dos indígenas é o cuidado com a saúde, para conseguirmos entregar esse cuidado de uma forma que faça sentido e que tenha efeito para eles”, explicou o superintendente.
A programação ainda teve a participação da assessora do Departamento de Estratégias para Expansão e Qualificação da Atenção Especializada, do Ministério da Saúde (MS), Lais Relvas; da diretora do Departamento de Atenção Primária à Saúde da SESAI/Ministério da Saúde, Putira Sacuena; do pró-reitor de Assuntos Comunitários e Estudantis da UFGD, Fabiano Coelho; do secretário Municipal de Saúde de Dourados/MS, Márcio Grei de Figueiredo; e do coordenador Distrital de Saúde Indígena, Lindomar Terena.
Hospital referência
O HU-UFGD é a principal referência de média e alta complexidade para uma macrorregião de saúde com 33 municípios e cerca de 880 mil habitantes. Na cidade de Dourados encontra-se a maior reserva indígena urbana do Brasil, com mais de 20 mil pessoas das etnias Guarani, Kaiowá e Terena vivendo nas aldeias Jaguapiru e Bororó, e nas diversas áreas de retomada.
Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Rosenato Barreto, com edição de Danielle Campos.
Coordenadoria de Comunicação Social da Rede Ebserh