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EBSERH EM AÇÃO: MAIS ESPECIALISTAS
HU-UFGD realiza mutirão de procedimentos voltado para atendimento à população indígena
Exame realizado durante mutirão "Ebserh em Ação" no HU-UFGD
Dourados (MS) – O Hospital Universitário da Universidade Federal de Grande Dourados (HU-UFGD), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), realizou, nos dias 26 e 29 de abril, um mutirão de procedimentos e cirurgias voltado para a saúde indígena, por meio do Programa Ebserh em Ação: Mais Especialistas. Essa ação, uma parceria da estatal com o Ministério da Saúde, visa a otimização e redução de filas do Sistema Único de Saúde (SUS).
Ao todo, 116 pacientes indígenas receberam atendimento. Foram realizadas 31 cirurgias eletivas, 85 procedimentos de diagnóstico e imagem e 42 consultas ambulatoriais, totalizando 158 atendimentos. Os pacientes fazem parte tanto da fila de espera cirúrgica do HU-UFGD quanto da fila SISREG, incluindo demanda reprimida identificada no polo base de Dourados.
A diretora de Atenção à Saúde da Ebserh, Lumena Furtado, reforçou a importância dessa ação realizada no HU-UFGD para atendimento à população indígena. “Estamos aqui atendendo ao convite do presidente do País para ampliar o acesso às cirurgias, fazendo o Ebserh em Ação: Mais Especialistas, voltado, na Grande Dourados para os nossos indígenas, de forma a diminuir o tempo de espera nas filas cirúrgicas aqui nesse território”.
No mutirão, atuou uma equipe multiprofissional com anestesiologistas, médicos cirurgiões, equipe de enfermagem, radiologistas e ultrassonografistas, além de outros especialistas, estudantes e residentes de Medicina e multiprofissionais, e trabalhadores de apoio.
Neste ano de 2025, o HU-UFGD realizou 197 procedimentos cirúrgicos num esforço concentrado com a Ebserh, reduzindo filas e permitindo melhores resultados clínicos. “Essa força-tarefa reforça o compromisso do hospital com a equidade e com o acesso universal à saúde, alinhado às políticas públicas e às demandas da população”, destacou o superintendente do HU-UFGD, Hermeto Paschoalick.
De acordo com o superintendente, ao longo desse ano de 2025 acontecerão vários mutirões para redução de filas no SUS. “O Hospital Universitário é um local que concentra densidade tecnológica e atendimento em alta complexidade. Então, também depende de nós para que esses atendimentos aconteçam em tempo oportuno”, disse.
A diretora do Departamento de Atenção Primaria à Saude (Dapsi) da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde (MS), Putira Sacuena, informou que essa secretaria vem articulando com a Ebserh, desde 2023, uma rede de referência que possibilite nos hospitais universitários o atendimento de especialidade aos povos indígenas. "Nesse momento, a Ebserh se torna um projeto-piloto dentro dos hospitais universitários para atender os povos indígenas, respeitando todo o contexto de suas culturalidades e reconhecendo também que nós temos tecnologia de cuidado e de saúde dentro do território", explicou.
Para Laís Relvas, assessora técnica do Departamento de Expansão das Estratégias de Qualificação da Atenção Especializada (DEEQAE), da SAES/MS, a redução do tempo de espera para consultas, procedimentos, cirurgias, é um compromisso do Ministério da Saúde e do Governo Federal. “O MS está completamente alinhado e empenhando todos os esforços possíveis para unificar as ações que são necessárias em todo o território brasileiro”, concluiu, enaltecendo a parceria com a Ebserh.
Hospital referência
O HU-UFGD é a principal referência de média e alta complexidade para uma macrorregião de saúde com 33 municípios e cerca de 880 mil habitantes. Na cidade de Dourados encontra-se a maior reserva indígena urbana do Brasil, com mais de 20 mil pessoas das etnias Guarani, Kaiowá e Terena vivendo nas aldeias Jaguapiru e Bororó, e nas diversas áreas de retomada.
Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Rosenato Barreto, com edição de Danielle Campos
Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh