Parque CTI-TEC

- Vista do prédio do Parque Tecnológico do CTI Renato Archer CTI-Tec, voltado para a área de conveniência.
Parque Tecnológico do CTI Renato Archer – CTI-Tec
Um Breve Resgate de sua Trajetória
O Parque Tecnológico do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer foi criado em 2010, pelo então Ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Machado Rezende, conforme Portaria MCT nº 877, de 20/10/2010, publicada no Diário Oficial da União de 22/10/2010, Seção 1, Página 4, em cujo anexo consta o Projeto de Implantação do Parque Tecnológico CTI-Tec.
A partir daí a instituição se dedicou a empreender ações, delinear providências, buscar alianças e levantar recursos financeiros para colocar em marcha o projeto original, que previa a construção das seguintes instalações:
a) Módulos tecnológicos para instalação das Entidades, os quais conteriam uma área comum constituída de sanitários e vestiários, recepção, salas de reunião e salas técnicas;
b) Espaços de coworking para startups;
c) Centro de convenções, composto de auditório, salas de reunião multiuso, salas de apoio e foyer com recepção, espaço para exposições e sanitários;
d) Entreposto aduaneiro, composto de galpão e salas de escritório;
e) Áreas de lazer e de alimentação, makerlab, auditório e estúdio, para uso compartilhado;
f) Infraestrutura complementar como ruas, estacionamentos, biblioteca, agências bancárias, ambulatório médico e outros;
g) Hotel ou complexo de dormitórios;
h) Salas ou prédio para a gestão do CTI-Tec.
Em 2010, por meio do Convênio FINEP 01.10.0668.04, com vigência de cinco anos, foram aprovados recursos da ordem de R$ 3 milhões para a "Implantação de Parque Tecnológico no Campus do CTI", e o primeiro prédio do projeto foi concluído em 2015 sem que, no entanto, reunisse todas as facilidades técnicas indispensáveis para o acolhimento de empresas de base tecnológica, finalidade precípua do CTI-Tec.
Mesmo considerando que o prédio então existente não contasse com as condições técnicas adequadas, entre 2016 e 2018 foram feitas 4 tentativas de seleção de empresas, para que nele se instalassem e promovessem as alterações estruturais necessárias para as suas respectivas operações. Essas ações foram mal sucedidas, especialmente em razão da fragilidade legal dos modelos de atuação conjunta então adotados, e pela falta de atratividade da estrutura, ainda incompleta.
Na mesma época, na expectativa de obter êxito nos processos seletivos para o acolhimento de empresas, em março de 2016 foi organizado um evento de inauguração desse primeiro prédio, com o propósito de dar visibilidade ao empreendimento. Infelizmente essa iniciativa não alcançou seu objetivo, uma vez que as barreiras de natureza legal e regulamentar ainda não haviam sido transpostas.
Visando adensar as providências de consolidação do CTI-Tec, foi providenciado o credenciamento do parque junto ao Sistema Paulista de Ambientes de Inovação – SPAI, abrindo caminho também para a uma melhor divulgação do parque.
Em 2018, o CTI Renato Archer, sob uma nova direção, decidiu priorizar a execução dessa ação nuclear para a sua atuação, tendo consignado expressamente em seu Regimento Interno uma unidade própria para se dedicar ao Parque Tecnológico e Laboratórios Abertos, incluindo em seu Plano Diretor objetivos estratégicos específicos, de modo a assegurar a moldura institucional condizente com a envergadura do projeto, abrindo caminho para imprimir maior velocidade na concretização do CTI-Tec.
Essa vocação do CTI Renato Archer de apoiar o processo de geração de inovações no setor produtivo, a partir da criação de ambientes próprios para fomentar a sinergia entre agentes públicos e privados, em benefício do desenvolvimento econômico e social, foi ganhando contornos de tamanha amplitude que, em dezembro de 2021 a COLAB finalizou o plano de reestruturação do CTI-Tec.
Naquela ocasião decidiu-se pelo apoio, num primeiro momento, a empreendimentos ligados principalmente a duas, das quatro rotas tecnológicas de atuação do CTI Renato Archer, quais sejam: Indústria 4.0 (avançada) e Saúde 4.0 (avançada), descritas no Plano Diretor do CTI Renato Archer, o que seria o grande diferencial do CTI-Tec em relação aos parques da região, que têm perfis mais tradicionais e generalistas. Esse plano foi submetido e aprovado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Concorrendo em chamada pública da FINEP (MCTI/FINEP/FNDCT/CT-verde amarelo – parques tecnológicos seleção pública de propostas para o apoio financeiro a parques tecnológicos em implantação e em operação – 01/2021), o CTI Renato Archer alcançou êxito, tendo sido aprovado o projeto 0387/22 CTI-Tec “Consolidação da Implantação do Parque Tecnológico CTI-Tec”, no valor de R$ 5.422.207,98 (Convênio FINEP 01.22.0503.00). Esse projeto possibilitou a modernização da infraestrutura então existente no CTI-Tec, com ampliação da área física em 358 m², por meio da construção de pavimento superior numa das alas.
Essa reconstrução do prédio original, para alcançar a qualidade desejável, garantiu a solidez e adequação dos elementos construtivos de telhados, fachadas e pisos, confiabilidade dos sistemas elétricos, das redes lógicas, dos sistemas de segurança, de acessibilidade e de condicionamento ambiental, e instalação de mobiliário nos espaços de uso coletivo, de modo a permitir a operação simultânea de até 35 empresas.
O Convênio foi executado com a parceria indispensável da FUNCATE – Fundação de Ciências, Aplicações e Tecnologias Espaciais, fundação de apoio ao CTI Renato Archer, que ocupou-se da gestão administrativa e financeira dos recursos aportados pela FINEP.
Afora as questões relacionadas à persistente insuficiência de recursos orçamentários, do ponto de vista regulamentar, ainda não estavam presentes elementos legais e normativos que permitissem o adequado funcionamento do CTI-Tec e das futuras empresas a serem ali abrigadas. O marco legal de inovação, aperfeiçoado em 2016, com a chegada da Lei nº 13.243, foi o primeiro passo na direção de concretizar a fase inicial do projeto que enfrentava, então, obstáculos intransponíveis para receber, dentro das regras vigentes, instituições privadas que pudessem se beneficiar da infraestrutura de pesquisa científica e tecnológica disponível no CTI Renato Archer.
Dentro dessa nova moldura legal, foi possível selecionar uma instituição privada sem fins lucrativos, que atua também como fundação de apoio ao CTI Renato Archer, para responsabilizar-se pela gestão do CTI-Tec, conferindo, então, as condições regulamentares para a conversão do CTI-Tec num ambiente concreto e favorável para a geração de inovações em bens e serviços.
Assim, em dezembro de 2024 foi firmado convênio com a FUNDEPAG – Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio, que tem por objeto a gestão administrativa, financeira, operacional e patrimonial, a ser exercida em estreita cooperação com o CTI Renato Archer, por meio de processos controlados e de uma estrutura de governança que contará com um conselho híbrido, especialmente dedicado ao acompanhamento, fiscalização e controle dessa gestão.
O CTI-Tec será o veículo de acesso de empresas de base tecnológica, selecionadas em editais específicos, a uma moderna e complexa infraestrutura laboratorial disponível no CTI Renato Archer, composta por equipamentos e sistemas capazes de dar sustentação a projetos de grande potencial inovador. Deverá contribuir, ainda, com a aceleração do processo de aprendizado, por meio do compartilhamento de um acervo singular de conhecimentos especializados, sempre na linha do que dispõe o marco legal da inovação.
Esses ambientes geradores de inovação seguem reconhecidos como grandes vetores de desenvolvimento de um país, contribuindo para o atendimento das aceleradas demandas da sociedade moderna e pela economia do conhecimento. São espaços de geração coletiva de inovações tecnológicas, que exercem grande influência sobre o nível de emprego e renda, dinamizando o mercado, por meio da relação virtuosa entre Governo, Instituições de P&D&I e Empresas.
Um olhar especial deve ser endereçado ao local em que funcionará o CTI-Tec. A sede do CTI Renato Archer encontra-se num imóvel da União de cerca de 255.000 m², situado em Campinas-SP, uma região metropolitana diferenciada e estratégica, que tem crescido como um complexo de competências e capacidades em tecnologias de ponta, seja pelas empresas aqui sediadas seja pelo conjunto de instituições extraordinárias de pesquisa e ensino.
Esse cenário foi o principal substrato que motivou o CTI Renato Archer a avançar em seus planos de implantação do Parque Tecnológico CTI-Tec, único da esfera federal em Campinas, ao qual serão destinadas as melhores expectativas no campo da inovação e do empreendedorismo.
Essa empreitada está só começando, tanto que em abril de 2025 foi comemorado o Lançamento das Operações do CTI-TEC. E ela será, sem dúvida, um sucesso e uma vasta e segura estrada para a aceleração do desenvolvimento social e econômico dessa já pujante região do país. Será ainda um celeiro para as grandes ideias, que se tornarão bens e serviços inovadores e impactantes para a sociedade.
Portarias e Regulamentos:
- Portaria de Criação – Portaria nº 877 de 20 DE OUTUBRO DE 2010
- Projeto de Implantação do Parque Tecnológico CTI-Tec
- Regulamento Interno do Parque Tecnológico CTI-Tec
- Editais
Mais informações:
E-mail: fernando.ely@cti.gov.br
Telefone: (19) 3746-6229
