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Pesquisador do CDTN lança livro sobre início do ciclo do ouro no período colonial do Brasil
Pesquisador Francisco Javier Rios lança livro "Código do ouro". Foto: Reprodução/IMUB
O pesquisador do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN), unidade da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Francisco Javier Rios lançou o livro “Código do ouro”, que aborda a conformação da busca pelo ouro no Brasil, entre os anos 1500 e 1690, antes da descoberta oficial do metal.
Vinculado ao Serviço de Minerais Estratégicos e Materiais Avançados do CDTN, Javier Rios desenvolve estudos na área das geociências. É coordenador do Laboratório de Caracterização Mineralógica e Metalogênese e docente no Programa de Pós-Graduação do CDTN. O trabalho, paralelo à sua dedicação no Centro, é resultado de mais de 20 anos de pesquisa em arquivos do Brasil, Portugal, Espanha, França, Itália, Argentina e Paraguai e muito trabalho de campo.
Por não se tratar de um texto acadêmico, o objetivo do livro é dialogar com públicos diversos e lançar luz sobre aspectos pouco conhecidos da história do ouro no Brasil, tais como os registros do bandeirante Francisco Espinosa e do padre João de Azpilcueta Navarro, e a incorporação das rotas ancestrais dos povos originários na corrida pelo ouro.
Para o autor, “a procura obstinada pelo ouro lendário do sertão por parte de bandeirantes, jesuítas e as coroas portuguesa e espanhola envolveu uma miscelânea perturbadora de interesses ocultos, bem como façanhas e tragédias irremediáveis em torno de descobrimentos e de tesouros perdidos. Entretanto, para entendermos o que de fato aconteceu, o mar de incógnitas nos levará até um antigo e misterioso manuscrito perdido, escrito por um espanhol – o Capitão Francisco de Espinosa – , que foi o alicerce incógnito dessas expedições esquecidas no tempo”.
O lançamento do livro, publicado pelo selo IMUB (Instituto Mukharajj Edições), ocorre simultaneamente à publicação de uma plataforma de geohistória, na qual o autor remonta a ligação dos registros históricos dos caminhos até o ouro com a geografia dos locais estudados. Há, ainda, relação com a importância atual e geohistórica dos minerais e elementos estratégicos que alavancaram o desenvolvimento tecnológico ao longo da história, incluindo as consequências sociais e ambientais.
“Os elementos estratégicos mudam com o tempo. Hoje, são os elementos Terras Raras, mas já foi o ouro, o ferro e o cobre. A abordagem geohistórica é importante porque os ciclos históricos se repetem, ainda que mudem os atores e os contextos”, comenta Javier Rios.
A obra chega ao público seis anos depois do primeiro livro do autor sobre o tema, publicado pelo CDTN e distribuído gratuitamente em 2018: “Ouro do Brasil – Histórias dos Caminhos Esquecidos – Reminiscências dos Tempos Ancestrais até a Corrida do Ouro no Século XVIII”.
Para mais informações sobre exemplares, acesse a plataforma Marcas da Geohistória.
Deize Paiva
Assessoria de Comunicação
comunicacao@cdtn.br