Docentes Eméritos
Professor Emérito Kazuo Fuzikawa

Nasceu em Valparaíso, oeste de São Paulo. Filho de pioneiros pertencentes à primeira geração de japoneses a se estabelecer no interior do Brasil, formou-se em Geologia na Universidade de São Paulo (USP). Fez parte da primeira turma de geólogos do Brasil. Desenvolveu sua carreia na Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e na Nuclebrás, onde cumpriu papel gerencial chave na planificação e desenvolvimento da prospecção uranífera pelo Brasil, contribuindo para o descobrimento de novas jazidas no território nacional. Durante seu doutorado, na Universidade de Adelaide, na Austrália, se especializou na técnica de inclusões fluidas em minerais. Após o seu retorno ao Brasil, difundiu essa metodologia inovadora ministrando cursos e instalando equipamentos de inclusões fluidas em universidades e centros de pesquisa brasileiros. Fez pós-doutorado no Centre de Recherches sur la Géologie de l´Uranium (França), na University of Western Ontario (Canadá) e na École Nationale Supérieure des Mines de Saint-Étienne (França). O professor Kazuo Fuzikawa foi um dos primeiros bolsistas de produtividade do CNPq nível 1C do Programa de Pós-Graduação do CDTN (PPG-CDTN), tendo papel de destaque durante os primeiros passos do Programa, contribuindo com a sua visão filosófica para o fortalecimento das três áreas de concentração, notadamente as Ciências dos Minerais e Meio Ambiente.
Professor Emérito José Marques Correia Neves

Nasceu em Lagares da Beira, ao pé da imponente Serra da Estrela, em Portugal. Graduou-se em Engenharia Química e Ciências Geológicas na tradicional Universidade de Coimbra (Portugal), onde também obteve o título de doutor. Esse foi o ponto de partida para uma frutífera carreira que se desenvolveu entre a Europa, a África Oriental e o Brasil. Em Moçambique, empreendeu uma notável etapa como cientista, professor e administrador. Chegou a ser reitor da Universidade Lourenço Marques, em 1975. Planejou e implementou diversos laboratórios de pesquisa, cursos de grau, bibliotecas e revistas científicas. No Brasil, fundou um centro de pesquisas de Geologia, e liderou importantes projetos de pesquisa que contribuíram para aprimorar o atual conhecimento geológico do leste de Minas Gerais. Foi professor emérito da Universidade Federal de Minas Gerais. O professor José Marques Correia Neves desenvolveu sua última etapa acadêmica no CDTN, onde contribuiu para a elaboração do projeto que originou o Programa de Pós-Graduação do CDTN (PPG-CDTN). Foi o primeiro bolsista CNPq de nível 1A do Programa. Em 1996, recebeu a medalha de Comendador da Ordem de Mérito Científico da Presidência da República Federativa do Brasil. Ficam, em nossas memórias, suas aulas inesquecíveis de cristaloquímica que marcaram uma geração de novos especialistas. Faleceu em Belo Horizonte (MG), no dia 9 de agosto de 2011.
Professor Emérito Rubens Martins Moreira

Nasceu em Belo Horizonte (MG), o segundo de cinco filhos do doutor Oromar Moreira, professor na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), um dos pioneiros na medicina nuclear no estado. Logo após a instalação do reator nuclear TRIGA IPR-R1 na UFMG, o dr. Oromar utilizou-o para produzir o radioisótopo iodo-131 para o mapeamento da tiroide. À época, sob a ascendência do pai, nascia o futuro pesquisador que se apaixonou e viveu a maior parte da sua existência dedicada ao CDTN e, consequentemente, ao desenvolvimento da energia nuclear no Brasil: formado em Engenharia Química pela UFMG em 1964 e doutor em Engenharia Química pela North Carolina State University (EUA) em 1976. Impossível descrevê-lo como uma pessoa dedicada a um único objetivo. Apresenta-se como entusiasta do filósofo francês Alain Badiou, que apregoa que a verdade deve ser amparada por quatro pilares: o amor, as artes, a ciência e a política. Rubens vive mergulhado nessa filosofia, considerando todos os pilares com igual importância. Além de pesquisador no CDTN, onde construiu sua carreira científica nas aplicações das radiações na indústria e no meio ambiente, também contribuiu para a elaboração do projeto que originou o Programa de Pós-Graduação do CDTN (PPG-CDTN), atuando, ainda hoje, como professor e orientador de mestrandos e doutorandos. Fez parte da coordenação do PPG-CDTN por dois mandatos. Foi bolsista de produtividade do CNPq. No CDTN, desempenhou cargos de coordenação na gestão 1997 a 2003 do CDTN. Na política, foi secretário do então Partido Comunista do Brasil, presidente do Sindicato dos Engenheiros, coordenador da Câmara de Engenharia Química no CREA-MG, vice-presidente do CREA, além de diretor da ASSEC-MG. Atuou em diversas esferas que resguardam os direitos dos trabalhadores.