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Homenagem a Francisco Tenório Jr.
Publicado em
02/10/2025 00h00
Atualizado em
13/10/2025 16h05
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Trechos da página do Relatório Final da CNV que trata de Francisco Tenório Jr.
Capa de Revista que trata do envolvimento do SNI com torturador argentino.
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Capa de jornal sobre morte de Francisco Tenório Jr.
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Fotos do evento realizado em sua homenagem.
Francisco Tenório Cerqueira Jr. foi um grande pianista brasileiro atingido pela repressão das ditaduras que marcaram um triste período dos países do Cone Sul na segunda metade do século XX. Tenório Jr. desapareceu na Argentina enquanto viajava em turnê com Vinícius de Moraes, em 1976. Sem envolvimento direto com movimentos políticos, o músico foi assassinado ao sair de seu hotel para comer um sanduíche. O trabalho da Equipe Argentina de Antropologia Forense atesta que, antes de ter o corpo ocultado, Tenório foi morto a tiros, na madrugada em que desapareceu.
Perdemos assim um grande artista e seus amigos e familiares perderam uma pessoa amada. Denúncias veiculadas na imprensa, como na revista Senhor, indicam que órgãos do Estado brasileiro não apenas tinham conhecimento de sua morte, como teriam participado, aprovando a execução, como é o caso do Serviço nacional de Informações (SNI).
Neste ano, em setembro, quase 50 anos depois, quando o pianista já estaria com 84 anos, seu corpo foi identificado em uma vala comum na periferia de Buenos Aires, capital Argentina.
Ontem, dia 1º de outubro, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), na pessoa de seu presidente Aloizio Mercadante, e os músicos Gilberto Gil, Caetano Veloso, Joyce Moreno e Marcos Valle realizaram um “Ato Cultural em Memória do Pianista Tenório Jr.”. Um encontro celebrando sua música e vida, com homenagem in memoriam recebida por seus familiares.