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Dia Internacional dos Direitos Humanos
Publicado em
10/12/2025 00h00
Atualizado em
17/12/2025 11h39
Em 10 de dezembro de 1973, no auge da ditadura militar sob o governo Médici, o Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro foi palco do show “O Banquete dos Mendigos”. Organizado por Jards Macalé para celebrar o aniversário de 25 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, o evento se tornou um refúgio de liberdade em um ano marcado pelo extermínio da guerrilha do Araguaia.
Com apoio da Organização das Nações Unidas, o show reuniu Chico Buarque, Raul Seixas, Gonzaguinha, Milton Nascimento, MPB4, Paulinho da Viola, Gal Costa, Jorge Mautner, Dominguinhos, Luiz Melodia, Edu Lobo entre outros artistas.
No auditório, liam-se artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos sobre tortura e liberdade, intercalados por canções de protesto, sucessos da MPB e músicas censuradas de Chico Buarque e Milton Nascimento. Do lado de fora, o local era cercado por tanques.
O show foi gravado clandestinamente pelo técnico de som inglês Maurice Hughes à revelia dos agentes da repressão. Lançado em 1974, o disco foi censurado e recolhido das prateleiras por apresentar, segundo o parecer do Departamento de Censura de Diversões Públicas da Polícia Federal “conotações políticas desfavoráveis ao governo” e “cunho subversivo”.
O álbum só chegou ao público, e ainda com cortes, em 1979. O registro reflete a atmosfera de tensão e coragem daquela noite e hoje é uma prova sonora de que, mesmo sob censura, a defesa dos Direitos Humanos esteve no centro das lutas pela volta da democracia no Brasil.
Com apoio da Organização das Nações Unidas, o show reuniu Chico Buarque, Raul Seixas, Gonzaguinha, Milton Nascimento, MPB4, Paulinho da Viola, Gal Costa, Jorge Mautner, Dominguinhos, Luiz Melodia, Edu Lobo entre outros artistas.
No auditório, liam-se artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos sobre tortura e liberdade, intercalados por canções de protesto, sucessos da MPB e músicas censuradas de Chico Buarque e Milton Nascimento. Do lado de fora, o local era cercado por tanques.
O show foi gravado clandestinamente pelo técnico de som inglês Maurice Hughes à revelia dos agentes da repressão. Lançado em 1974, o disco foi censurado e recolhido das prateleiras por apresentar, segundo o parecer do Departamento de Censura de Diversões Públicas da Polícia Federal “conotações políticas desfavoráveis ao governo” e “cunho subversivo”.
O álbum só chegou ao público, e ainda com cortes, em 1979. O registro reflete a atmosfera de tensão e coragem daquela noite e hoje é uma prova sonora de que, mesmo sob censura, a defesa dos Direitos Humanos esteve no centro das lutas pela volta da democracia no Brasil.