Rio sediará Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica

- Evento dará medalhas a estudantes de 14 países
Na primeira semana de setembro, o Brasil será sede da Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA) que se realiza no Rio de Janeiro. Dividido em cinco etapas, a Olimpíada reúne jovens de 14 países da América Latina, incluindo o Brasil, com idades entre 15 e 20 anos. Embora a primeira etapa esteja marcada para o Planetário da Gávea, onde ocorrerá a Prova de Planetário, as demais etapas ocorrerão no Hotel Fazenda Ribeirão, em Barra do Piraí, onde cinco estudantes e dois professores de cada delegação ficarão hospedados. O Brasil, que é sede da Olimpíada, é o único país que terá duas delegações.
Presidente e um dos organizadores da OLAA, o doutor em Geofísica e mestre em Astronomia Eugênio Reis Neto, servidor da coordenação de Educação em Ciências do MAST (Coedu), explicou como será a 17ª edição da OLAA:Quantas pessoas estarão envolvidas na Olimpíada entre participantes, organizadores e apoio?
Teremos um total de 14 países (74 estudantes, 26 líderes de equipe e 14 observadores), num total de 114 participantes. Junte a isso a equipe organizadora local e de apoio, estarão envolvidas 125 pessoas
Qual a expectativa da organização sobre o sucesso da OLAA?
Essa será a quarta vez que o Brasil sediará a competição. Ela acontecerá em um agradável Hotel Fazenda, em Barra do Piraí/RJ e esperamos que seja uma competição tranquila e boa para todos os participantes.
Como será a rotina dos participantes? Haverá tempo livre?
A rotina é bem corrida e tanto os líderes e estudantes têm ocupações o dia inteiro, todos os dias até quinta à noite, quando acabam as provas. Será o momento de tempo livre para os estudantes. Os líderes ainda terão que organizar as notas para sabermos quem ganhará as medalhas. Na sexta-feira, dia 5 de setembro, faremos uma visita técnica ao Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA/MCTI) e será um passeio que durará o dia todo. Depois teremos as confraternizações no sábado (dia 6) e a Cerimônia de Premiação no domingo (dia 7).
O Brasil é uma referência nesta Olimpíada. É possível sabermos quantas medalhas conquistamos em todas as edições?
Sim, nossos estudantes passam por um intenso treinamento e sempre vão para esta competição muito bem preparados. De 2009 até 2024, nossos estudantes já ganharam 54 medalhas de ouro, 17 medalhas de prata e 6 medalhas de bronze.
Qual a popularidade do tema Astronomia e Astronáutica no Brasil? Você acredita que o interesse seja crescente? A que se deve?
A Astronomia é uma ciência muito popular! Temos todos os dias, na mídia, alguma notícia sobre o espaço, sobre os telescópios espaciais. A Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), que já é realizada há 28 anos, atinge cerca de 1,5 milhão de estudantes de todo o Brasil.
Quantas são as mulheres que estarão entre as 14 delegações?
Serão 36 mulheres, entre estudantes e líderes de equipe.
O que é necessário para um estudante participar de uma Olimpíada de Astronomia e Astronáutica? Qual deve ser o foco do estudo?
Basta que a escola ou colégio tenha um professor representante da OBA para fazer as inscrições dos alunos. Os alunos têm à disposição deles todas as provas anteriores com os gabaritos comentados, de forma que enquanto estudam, também podem aprender bastante sobre astronomia. Os professores representantes também têm a oportunidade, com estes gabaritos comentados de aumentar seus conhecimentos nesta área.
Quais as diferenças entre a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e a OLAA?
Na OBA temos, além das questões de astronomia, algumas questões de astronáutica (foguetes e satélites), mas são questões teóricas. Na OLAA, além das questões teóricas, temos também a prova prática de lançamento de foguetes de garrafa PET, impulsionados com água sob pressão.
Na OBAFOG (Olimpíada Brasileira de Foguetes) já temos uma competição mais acirrada, com estudantes de todo o Brasil lançando seus foguetes impulsionados à vinagre e bicarbonato de sódio.
Participar de uma olimpíada pode trazer benefícios para os estudantes? Quais?
Já existe um movimento entre as universidades brasileiras de abrirem "vagas olímpicas", onde o estudante medalhista pode entrar para o Ensino Superior sem precisar fazer um vestibular.
Tábata Amaral, hoje uma colaboradora da OLAA, integrou a delegação brasileira da OBA. Qual a lembrança que ela deixou?
A atual deputada Tábata tem muito apreço pela OBA, que foi uma das primeiras olimpíadas de conhecimento em que ela participou e não parou de colecionar medalhas. As olimpíadas abriram portas para ela e, em 2012, ela foi aprovada em seis prestigiosas universidades estadunidenses, sendo ofertada bolsa integral para todas: Harvard, Yale, Columbia, Princeton, Pensilvânia e Caltech, e no vestibular da Universidade de São Paulo. Ela enviou um vídeo de boas-vindas e boa sorte aos competidores da OLAA 2025, que será exibido na Cerimônia de Abertura da OLAA deste ano.
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