Novo sistema solar no MAST

- Novo sistema solar no MAST
Trinta anos após a instalação do sistema solar em escala, inaugurado pelo ex-diretor Henrique Lins e Barros, nos anos 90, o Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST) vai inaugurar o novo equipamento no próximo dia 2 de dezembro, data em que também é comemorado o Dia Nacional de Astronomia e que tem como patrono o Imperador Pedro II. Neste dia, o diretor do MAST, Marcio Rangel, e a coordenadora de Educação em Ciências (COEDU), Josiane Kunzler, convidam para este evento professores(as), educadores museais, estudantes, pesquisadores e divulgadores de ciências.
Desde a sua criação, na última década do século passado, o sistema solar em escala tornou-se um dos mais criativos, emblemáticos e educativos equipamentos da instituição. Além da apresentação do novo sistema solar, o evento, que começa às 13h30, contará com uma mesa redonda composta pelo tecnologista do MAST, Douglas Falcão; Flávio da Costa e Satsumi Murakami (designers - Caburé Studio), Juvenilda Ribeiro (Praça da Ciência de Vitória - ES) e professor Inácio Araújo (SEEDUC RJ). A mediação será de Patrícia Spinelli, pesquisadora do MAST. Também estão programados o lançamento do livro "Museus, Educação e Pesquisa" e uma visita mediada ao Sistema Solar "Professor Henrique Lins de Barros".
Conheça o novo sistema solar em escala
O tecnologista Douglas Falcão explicou as principais diferenças entre o novo e o antigo sistema solar em escala a ser implantado no MAST:
- A primeira diferença importante é a própria escala em si. No modelo anterior foi adotada foi de 1 para 30 bilhões. Ou seja, as distâncias entre as representações do Sol e dos planetas e seus respectivos diâmetros, foi dividido por 30 bilhões. Nessa escala, o Sol passava a ter o diâmetro de uma bola de bilhar (jogo de sinuca). Mercúrio tem 0,16 mm e se situa a cerca de 2 metros do Sol. Plutão, que ainda era considerado um planeta, tem 0,0792 mm e está a cerca de 200 metros do Sol. Nessa representação, os planetas rochosos Vênus, Terra, Marte têm menos de 0,5 mm de diâmetro. Tais dimensões diminutas tornava a observação das representações destes planetas um processo difícil para muitas pessoas. Muitas vezes, grãos de sujeira eram confundidos com as representações didáticas.
Na nova versão a escala adotada é de 1 para 13,6 bilhões. Isso permitiu que os planetas rochosos (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte) possam ser maiores e mais facilmente identificados. Isso faz com que a nova versão tenha cerca de 330 metros de extensão (distância do Sol a Netuno). Se Plutão fosse ainda um planeta, seria cerca de 434 metros.
Falcão observa que na nova representação, são adotadas impressões em 3D que permitem que pessoas de baixa visão possam ter uma percepção dos diâmetros dos planetas. Novos recursos de acessibilidade como áudio descrição, serão paulatinamente instalados em cada um dos totens.
Sobre os totens, agora são feitos de aço escovado e foram minuciosamente dimensionados para permitir que pessoas de diferentes alturas possas ter uma experiência confortável no ato de observação e leitura das informações.
Além das informações astronômicas do Sol e dos planetas que existem na versão antiga, no novo modelo didático do Sistema Solar do MAST, os conhecimentos de astronomia estarão entrelaçados com questões ambientais, históricas e culturais por meio de questões motivadoras presentes em cada um dos totens.
Serviço
Local: Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST)
Endereço: Rua General Bruce, 586 / auditório do Prédio Ronaldo Mourão - São Cristóvão, Rio de Janeiro (RJ)
Data: 02/12/2025 (terça-feira)
Horário: 13h30
Gratuito