Jovem frequentadora do MAST é primeira carioca aprovada em imersão científica nos EUA

Redação: Comunicação MAST
Maria Rita Batista Coelho é uma jovem de 17 anos com muitas histórias fascinantes para contar. Mas uma delas se cruza, de forma especial, com a história do MAST: “o museu foi o quintal da casa da minha avó”, relembra entusiasmada. A avó paterna mora perto do MAST, na rua General Bruce, e em muitas situações de sua infância Maria Rita frequentou o campus. O fascínio pela Ciência e pela Astronomia teve tal importância em sua formação que buscou, por conta própria, livros e cursos especializados em tecnologia, física, engenharia e computação desde os 12 anos. Agora um próximo capítulo da vida desta carioca de São Cristóvão certamente merecerá novas páginas: ela é uma das 111 adolescentes selecionadas em todo mundo pelo projeto TechGirls, que vão embarcar para os Estados Unidos no próximo dia 12 de julho. Ela é a primeira carioca selecionada pelo programa de intercâmbio que busca jovens de 15 a 17 anos, de todos os continentes, para, num período de 22 dias, receberem capacitação de alto nível nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática. Outras duas selecionadas do Brasil são Ada e Luíza, dos estados do Amazonas e Rio Grande do Sul.
Filha de Gilberto, professor de Educação Física e, Daniela, analista financeira, Maria Rita tem conseguido pouco tempo para dedicar ao irmão, Gael, de oito anos. Porque a maior parte dele é consumido pelo aprendizado do último ano do ensino médio e, em paralelo, no campo da tecnologia. Já esteve em escolas e cursos voltados para estudantes de alta performance.
E se ela não aprendeu na infância, por exemplo, a andar de bicicleta e a nadar – o que menciona com humor – ela trafegou com segurança noutras vias urbanas e ares: aprendeu a falar fluentemente o inglês e, também, a linguagem de quem conhece aviões. E, neste campo, dedica-se aos aparelhos que integram a Aviação Furtiva - aeronave de guerra não detectada por radares ou outros sistemas eletrônicos de localização. E por isso mesmo a Engenharia Aeroespacial é uma das Ciências de ponta que estão no seu horizonte de pesquisa.
Da experiência americana, que se avizinha, ela planeja trazer conhecimento para desenvolver trabalhos no campo que une astrofísica e biologia, com caráter social. E ela explica:
- Há algum tempo descobri jovens da minha idade preocupados com a dificuldade no Brasil de se conseguir doadores de sangue. Sei que, num universo de mil pessoas, apenas 14 são doadoras. Mas se houvesse organização e trabalho no campo da tecnologia, este número seria ampliado. Mas estas 14 pessoas, juntas, salvam mais de uma centena de vidas. Então quero trabalhar nesta direção - diz.
Avião de guerra em favor da paz
Se num primeiro momento causa espanto quando Maria Rita descreve, com entusiasmo, uma máquina de guerra do campo da aviação, o avião SR-71 Blackbird ("é o meu favorito!", diz) que hoje é uma peça de museu da aviação em Washington, sua explicação é comovente: "algumas jovens que participariam do TechGirls comigo são palestinas. E, por causa da guerra em Gaza, estarão impedidas de viajar. Assim, uma aeronave furtiva (que despiste o radar), voltada para passageiros civis, poderia deixar o país sem ser alcançada pelos radares - aposta.
Patrimônio científico e tecnológico como valor sociocultural
O relato da jovem Maria Rita é um exemplo de como a preservação e a popularização do patrimônio científico e tecnológico brasileiro podem transformar e inspirar crianças, jovens e adultos e colaborar para o desenvolvimento do país. Há quatro décadas, o Museu de Astronomia e Ciências Afins se consolidou como uma instituição com a missão de realizar pesquisas e formar especialistas nas áreas de história da ciência e da tecnologia, museologia, educação em ciências e conservação de acervos; preservar o patrimônio sob sua guarda; e ampliar o acesso da sociedade brasileira aos conhecimentos, às práticas e à cultura científica. “São 40 anos dedicados a qualificar o passado e o presente com foco na Ciência do futuro. Que possamos inspirar outras jovens como Maria Rita com o nosso trabalho”, destaca o diretor do MAST, Marcio Rangel.
OBSERVAÇÃO: Caso haja interesse publicar a pauta, temos fotos de antes e depois da jovem no MAST
Fernanda Sabino
Chefe de Comunicação
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