Arquivo do MAST recebe pesquisadores internacionais
Atualmente, a Coordenação de Documentação e Arquivo (CODAR) do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST) conta com cinco pesquisadores internacionais - sendo três de forma presencial e mais duas on-line -, que vieram buscar, no acervo do museu, materiais para suas pesquisas. Dentre eles, estão:
- Thammy Guimarães Costa Borges, doutoranda do Departamento de História da Katholieke Universiteit Leuven, na Bélgica, que veio à procura do acervo de Mauricio Matos Peixoto;
- Adriana Minor, pesquisadora do Colegio del Mexico, A. C., no México, que procurou o museu em busca de documentos iconográficos de Bernhard Gross;
- Paolo Giogà, que solicitou permissão para utilização de documento administrativo da expedição de Claude e Dina Lévi-Strauss. Paolo é pesquisador na Escola de Estudos Avançados em Ciências Sociais (EHESS, Paris, França) e participa do programa "Os diários Nambikwara de Lévi-Strauss";
- Caroline Kreysel, historiadora holandesa e doutoranda pela Universidade Livre de Amsterdã. Ela está desenvolvendo uma pesquisa sobre a história do Pantanal no século XX e busca documentos sobre expedições ao Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pantanal, e a Bacia do Alto Paraguai; e
- María Guadalupe Arriegue (foto), doutoranda na Universidade de Buenos Aires (UBA). Em entrevista à equipe de Comunicação do MAST, ela conta que sua pesquisa trata das iconografias astronômicas no Sul global no século XX, com foco no Brasil e na Argentina. Seu interesse é pelas narrativas cosmológicas e por como as imagens do campo científico são transpostas para a cultura visual. "Iniciei minha pesquisa há pouco tempo, no entanto, já encontrei material relevante graças ao apoio da equipe do museu. Identifiquei imagens de expedições relacionadas a eventos astronômicos significativos, como eclipses e a passagem de Vênus pelo Sol — um acontecimento de grande repercussão no final do século XIX. Também encontrei registros sobre a passagem do cometa Halley, que teve ampla popularidade. Além disso, com o auxílio dos bibliotecários, localizei materiais relevantes na biblioteca, especialmente no que diz respeito às cosmovisões indígenas do Brasil", revela.
De acordo com Everaldo Pereira Frade, chefe do Serviço de Arquivo de História da Ciência (SEAHC), não é incomum o museu receber esse tipo de solicitação de pesquisa por parte de estudantes estrangeiros. No entanto, é a primeira vez que há essa quantidade de solicitações em um período curto de tempo. “Esse é um fator de intercâmbio muito grande, além de ser um reconhecimento do bom trabalho desenvolvido pela instituição, ressaltando, também, a importância e variedade do nosso acervo”, comenta. Segundo ele, as pesquisas são oriundas de cinco lugares diferentes, de instituições da Europa, da América do Norte e da América do Sul, que contemplam áreas diversas do conhecimento - desde História até Belas Artes, por exemplo.
Além disso, Frade destaca que os pesquisadores ainda conseguem ir além do que vieram buscar aqui no museu, já que geralmente são encontrados mais materiais do que o solicitado pelos estudantes.
O chefe do SEAHC revela que os pesquisadores, na maior parte dos casos, chegam ao MAST por meio de referências bibliográficas que citam o museu ou por indicação dos seus orientadores, por exemplo.
