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Dia Nacional dos Povos Indígenas
O Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST), por meio da Coordenação de Educação em Ciências (COEDU), explora a Astronomia Cultural a partir de uma perspectiva de educação intercultural para promoção da formação integral dos cidadãos que nos visitam, num diálogo constante entre a astronomia ocidental e a dos povos originários.
Neste dia 19 de abril, Dia dos Povos Indígenas, conheça algumas ações educativas do MAST, que já abordaram a astronomia de três povos distintos do território brasileiro: os Guarani Mbya, os Ticuna e os Tembé.
No Planetário, são promovidos diálogos imersivos sobre questões de sustentabilidade e inclusão a partir da Astronomia Cultural, evidenciando a coexistência de diversas concepções de mundo (cosmopercepções) e como isso resulta em diferentes saberes e formas de lidar com a natureza. Para se ter uma ideia, em 2023, quase duas mil pessoas participaram da sessão sobre a Astronomia Guarani Mbya durante a 75ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Já no ano passado, três mil pessoas foram envolvidas pela Astronomia Tembé, durante o evento.
No âmbito do projeto de pesquisa "Público Infantil em Museus de Ciências", foi a Astronomia Ticuna que ganhou destaque. Na "Viagem espacial pelo MAST", uma visita mediada voltada especificamente para crianças de 3 a 6 anos, a música deste povo embala a primeira estação brincante, enquanto a última estação consiste numa oficina com uma produção artística a partir da Carta Celeste do Povo Ticuna. A proposta da visita mediada, para e com as crianças, visa a promover o diálogo entre a ciência, a arte, a cultura e a infância respeitando suas especificidades, e com atenção à diversidade da infância contemporânea.
O MAST também concebeu a exposição virtual "Os Céus dos Povos Originários". A exposição reúne fotos de desenhos, pinturas e colagens feitas por crianças e adolescentes entre 3 e 15 anos, pertencentes a povos originários brasileiros, exibindo seus olhares e percepções sobre o céu durante o período de pandemia de COVID-19. As imagens na exposição refletem a representação celeste de jovens dos povos Fulni-ô, Guarani-Mbya, Guarani-Nhandeva, Guarani-Kaiowá, Puri da Mantiqueira, Manoki e Timbira, Tingui-Botó, Tupiniquim, Tabajara-Tapuio-Itamaraty, Kariri e Pitaguary. O projeto foi fruto de uma parceria entre o MAST e o Museu do Índio, da Fundação Nacional do Índio (Funai).
O MAST acredita que ações como essa colaboram para o reconhecimento dos saberes dos povos indígenas brasileiros, valorizando a diversidade de visões de mundo e de produção de conhecimento para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia no nosso país.