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Museu do Homem do Nordeste recebe educadores que buscam aprimorar conhecimento sobre diversidade étnico-racial
O Museu do Homem do Nordeste (Muhne), equipamento cultural da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) vinculado à Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), recebeu, na quarta-feira (3), uma equipe de 40 educadores de apoio da Gerência Regional de Educação - Metropolitana Sul de Pernambuco (GRE Metro Sul), que abrange mais de 80 escolas de bairros como Várzea, Iputinga, Cordeiro e Engenho do Meio, entre outros. O grupo tem como objetivo trabalhar junto às escolas com o tema do reconhecimento da diversidade cultural dos povos originários e africanos no Brasil. Assim, o Museu contribuiu com visitas mediadas, nos turnos da manhã e da tarde, tratando da temática que também é retratada ao longo da exposição permanente.
“Esta iniciativa da GRE Metro Sul está incluída na parceria da Fundaj com a Secretaria de Educação de Pernambuco”, afirma a presidenta da Fundaj, a professora doutora Márcia Angela Aguiar. Helena Albuquerque, técnica formadora da pasta Educadores de Apoio da GRE Recife Sul, vinculada à Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco (SEE), explica que a visita ao Muhne busca reconhecer o museu como um campo de estudo, fortalecendo o conhecimento dos educadores para que possam construir juntos estratégias para levar esse conteúdo até a escola. “Trouxemos os educadores que estão trabalhando o tema da responsabilidade de reconhecer essa diversidade e respeitar os povos originários, indígenas e africanos. A partir de ideias que foram desenvolvidas hoje, já vamos levar a formação aos técnicos e professores de História de todas as escolas da GRE", afirmou.
A atividade teve início com um momento dedicado ao acolhimento dos educadores na Oficina do Educativo, no Campus Gilberto Freyre da Fundaj, em Casa Forte. Em seguida, eles conheceram a exposição do Museu do Homem do Nordeste, com uma visita mediada pelos monitores do Muhne. "Os professores pediram uma mediação voltada ao eixo temático dos povos originários, e o Museu trabalha esses eixos. Então, abordamos esses aspectos e, também, como podemos usar a educação não formal para que os estudantes tenham mais contato com a pluralidade da cultura étnico-racial do Brasil", afirmou a monitora Manoela Antunes.
O professor e educador de apoio na Escola de Referência em Ensino Fundamental Maria Goretti, no Prado, Eduardo Câmara, considerou que a atividade foi enriquecedora para a formação docente. "Estamos sempre buscando interações com espaços do conhecimento, e a interação com esses momentos contribui bastante para nossa relação com os estudantes, que são nosso foco maior. Observamos o Museu como um local de grandes oportunidades, riquíssimo em seus materiais e na relação com todas as pessoas que compõem o ambiente. Fomos muito bem acolhidos, e são muitas as oportunidades que, a partir da nossa relação com o espaço, podemos mudar a visão de muitos estudantes sobre nossa história", pontuou.