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Fundaj lança Núcleo de Educação, Cultura, Inclusão, Meio Ambiente e Diversidade em Direitos Humanos
Reafirmando seu compromisso com o estado democrático de direito, por meio da educação, cultura e arte, a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) lançou, nesta sexta-feira (1º), o Núcleo de Educação, Cultura, Inclusão, Meio Ambiente e Diversidade em Direitos Humanos da Fundaj (NECIMADH). Mais de 170 pessoas, ligadas às áreas da educação, direitos humanos e cultura, lotaram a Sala Calouste Gulbenkian, localizada no campus Gilberto Freyre da Instituição Federal, em Casa Forte.
O encontro teve início com uma mesa formada pela presidenta da Fundaj, a professora doutora Márcia Angela Aguiar, pela senadora Teresa Leitão, pelo coordenador-geral do Departamento de Educação em Direitos Humanos da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação, Erasto Fortes Mendonça, pelo representante do prefeito do Recife, João Campos, Dado Sodi, e pela representante da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Governo de Pernambuco, Ana Carolina.
“A instituição do Núcleo de Educação, Cultura, Inclusão, Meio Ambiente e Diversidade em Direitos Humanos é uma ação afirmativa porque está inserido diretamente no movimento em defesa do direito à vida e à cidadania", destacou Márcia Angela Aguiar. Os participantes da mesa de abertura parabenizaram a iniciativa e se colocaram à disposição para a realização de trabalhos conjuntos com à Fundaj.
Por sua vez, a senadora pernambucana Teresa Leitão ministrou a conferência “A construção de uma nova sociedade na interface com a defesa dos Direitos Humanos". “Não existe cultura, inclusão, diversidade e meio ambiente sem educação. Destaco a importância estratégica deste núcleo estar aqui dentro da Fundaj”, iniciou a senadora e educadora Teresa Leitão.
Ao longo do seminário, a parlamentar destacou a necessidade do poder público em zelar, cuidar, promover, fomentar e propor todo o pressuposto que está na descrição do novo Núcleo. Teresa Leitão também elencou desafios que devem ser enfrentados pelos ativistas em direitos humanos e educação.
“Precisamos, no tocante a este Núcleo, enfrentar três desafios: a ética da convivência em ambientes que produzem políticas públicas que precisamos construir; aprender a lidar, no âmbito da defesa da educação inclusiva que queremos, com o instrumento que invade as nossas vidas, que são as redes sociais, suas verdades e pós-verdades, seus novos conceitos e performances; e, por fim, como incluir, na dimensão de direitos humanos, meio ambiente, cultura, diversidade e inclusão”, afirmou.
O evento de instalação do Núcleo de Educação, Cultura, Inclusão, Meio Ambiente e Diversidade em Direitos Humanos da Fundaj também contou com a mesa “Políticas Públicas com foco nos Direitos Humanos e o Papel da Fundaj”, coordenada pela diretora de Planejamento e Administração (Diplad) e coordenadora do Núcleo de Educação, Cultura, Inclusão, Meio Ambiente, Diversidade em Direitos Humanos da Fundaj, Aida Monteiro, teve como expositores Erasto Fortes Mendonça, Manoel Moraes, cátedra UNESCO/Unicap de Direitos Humanos Dom Helder Câmara, e João Moura, coordenador-geral de Educação Cidadã na Rede Formal e Popular do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania.
A coordenadora do NECIMADH destacou, ainda, os novos desafios na trajetória da democracia na educação para mudança e transformação social. “Estamos em uma perspectiva de um governo de reconstrução, que está se colocando numa perspectiva de inclusão, que respeita o meio ambiente e o ser humano na busca por sua dignidade, e é onde a Fundaj se coloca nesse momento”, celebrou.
Complementando a apresentação, Erasto Fortes Mendonça discursou sobre os Programas Nacionais de Direitos Humanos, as políticas públicas asseguradas para todos os indivíduos e aplaudiu a iniciativa da instituição. “Eu saludo a Fundação Joaquim Nabuco no sentido de instalação e criação desse Núcleo, que eu acho que essa é a expressão material mais forte que poderíamos ter de dizer que a Fundaj está de prontidão no sentido de fazer com que esses direitos, que já são assegurados, sejam permanentemente garantidos”.
Já Manoel Moraes abordou a necessidade de inserir a juventude no contexto dos direitos humanos e retomar o diálogo com a sociedade civil. “Precisamos envolver o jovem, quanto mais cedo possível a juventude for inserida na agenda dos direitos humanos, mais resultados vamos ter a médio prazo. Ela tem o potencial crítico de fazer esse enfrentamento”, contou o cátedra UNESCO/Unicap de Direitos Humanos Dom Helder Câmara.
Por fim, João Moura elencou alguns dos desafios colocados no Ministério dos Direitos Humanos, atualmente, e falou sobre a necessidade de se rememorar o que aconteceu nos últimos anos, para que os erros não sejam repetidos. O coordenador-geral de Educação Cidadã na Rede Formal e Popular do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania também destacou a importância de se assegurar que a sociedade conheça os seus direitos para, assim, ter acesso a eles. “Não se constrói políticas de Direitos Humanos no país mudando o governo e os atores sociais, se constrói efetivando isso no interior do Estado brasileiro. Precisamos permitir que as pessoas acessem as políticas públicas”, finalizou.
O Núcleo de Educação, Cultura, Inclusão, Meio Ambiente e Diversidade em Direitos Humanos da Fundaj foi criado mediante resolução do Conselho Diretor (Condir) e desenvolverá suas ações, especialmente, nas regiões Norte e Nordeste do País, considerando as finalidades estatutárias e regimentais da instituição.