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Especialização em Gênero, Desenvolvimento e Políticas Públicas da Fundaj representa a retomada dos estudos de gênero no país
A Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), por meio da Diretoria de Formação Profissional e Inovação (Difor), realizou, na última segunda-feira (1), a abertura do “Curso de Especialização em Gênero, Desenvolvimento e Políticas Públicas: práticas educacionais”. Realizado por meio do Google Meet, o evento reuniu docentes, coordenadores e cursistas de diversas regiões do Brasil. Ofertado na modalidade a distância (EaD), o curso representa uma retomada dos estudos de gênero no País e visa formar estudiosos do feminismo na formulação, implementação, monitoramento e avaliação de políticas públicas com foco em gênero, desenvolvimento e educação.
Para a presidenta da Fundaj, a professora doutora em Educação Márcia Angela Aguiar, a oferta dessa especialização mantém o compromisso da instituição com a excelência acadêmica, além de ampliar o foco nas práticas educacionais. “Realizada pela Difor, essa nova edição também busca contribuir para a efetividade das políticas públicas na área de gênero e desenvolvimento”, acrescenta a presidenta, que reafirmou a missão da Fundaj para levar as formações da casa, cujo potencial é imenso, para todas as regiões do Nordeste e do Brasil.
O coordenador-geral de Cooperação e de Estudos de Inovação (Cginov) da Difor, Alexandre Zarias, destaca a importância dessa especialização. “A reedição deste curso surge num momento que foi muito difícil no Brasil, tanto do ponto de vista sanitário quanto do político. Somos sobreviventes. O formato online é um desafio, mas, ao mesmo tempo, é uma oportunidade para a composição do corpo docente e discente, oriundos de diversas regiões do país”.
Durante a apresentação do curso, o pós-doutor pelas universidades de Salamanca, Harvard e Georgetown e coordenador da “Especialização em Gênero, Desenvolvimento e Políticas Públicas: práticas educacionais” da Fundaj, Parry Scott também ressalta a heterogeneidade do corpo docente. “Gênero é um tema de diálogo, de conversa e de intersecção entre as pessoas. Ter profissionais oriundos de diversas áreas enriquece a equipe e possibilita uma bibliografia muito maior. Vamos colocar o nosso estado na frente no que diz respeito às políticas públicas para a mulher e combater a desigualdade de gênero”, arremata Scott.
Do decorrer da aula inaugural, outros nomes relevantes para a pesquisa de gênero foram apresentados aos cursistas, como o da pesquisadora aposentada da Fundaj, a professora Cristina Buarque, que atuou como secretária da Mulher de Pernambuco entre os anos de 2007 e 2014. “Minha trajetória se mistura um pouco com esse curso. Sou uma militante de esquerda feminista. Não tenho como me desviar dessa trajetória”, revela Cristina, que compartilhou um pouco da sua experiência como secretária. “Quando vamos pensar em políticas públicas, devemos levar em consideração todo seu entorno, sendo necessário destacar o quão importante é ter na gestão pública pessoas preparadas para trabalhar a igualdade e a justiça social”.
Especialização - Oferecida entre 2013 e 2015, a primeira turma do “Curso de Especialização em Gênero, Desenvolvimento e Políticas Públicas: práticas educacionais” foi realizada na modalidade presencial nas cidades do Recife e de Caruaru. Na época, foram formados 100 especialistas. Para esta edição de 2024, foram ofertadas 50 vagas. A primeira disciplina do curso é "Gênero e Educação", ministrada pelas professoras Marion Quadros e Elisete Schwade.