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Abertura da Semana da Consciência Negra na Fundaj celebra a cultura afro-brasileira
A programação da Semana da Consciência Negra na Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) foi aberta no domingo (19). Realizada pelo Museu do Homem do Nordeste (Muhne), equipamento cultural vinculado à Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte da (Dimeca) da Fundaj, a programação segue até a próxima sexta-feira (24). Com o intuito de celebrar a cultura afro-brasileira e evidenciar a luta antirracista, a abertura contou com a apresentação do espetáculo “Nações Africanas”, do balé de Cultura Negra do Recife, o Bacnaré.
O espetáculo “Nações africanas” apresenta ritmos e danças de cinco nações do continente africano, caminhando por Senegal, Tanzânia, Ruanda, Camarões e África do Sul, em uma viagem que retrata a cultura e a diversidade. “Essa temática da consciência negra é muito rica a qualquer instituição pública que tem consciência da importância de abrir espaços para artistas, como os do Bacnaré. É um meio do Museu ser um lugar de debate, de construções de novas narrativas, de empoderamento e de abertura a mudanças”, comentou Edna Silva, coordenadora de Ações Educativas e Comunitárias do Muhne.
Dentro da programação do mês destinado à luta antirracista, o Museu do Homem do Nordeste promove, também, uma oficina de percussão ministrada pela cantora e percussionista Gabriela Sampaio, integrante do Afoxé Oyá Alaxé. Com o objetivo de desbravar os instrumentos musicais agogô, agbê, timbal, entre outros instrumentos percussivos que estão presentes na história Nagô de Pernambuco, a oficina acontecerá de 21 a 24 deste mês na Oficina do Educativo, no campus Gilberto Freyre da Fundaj ,e Casa Forte. A entrada é gratuita, mediante inscrição no Sympla.
O Bacnaré
Composto por 29 integrantes, o Bacnaré é referência em danças de matriz africana, sendo pioneiro na disseminação da cultura afro-brasileira em Pernambuco. O grupo surgiu com Ubiracy Ferreira, que criou o Bacnaré com a intenção de possibilitar a comunidade afrodescendente um maior envolvimento com a sua ancestralidade. “Ubiracy foi o primeiro dançarino negro do Teatro Santa Isabel, numa época onde a dança era direcionada ao público branco. Era o único negro a ter bolsa no teatro. Se destacava na dança e dali criou o Bacnaré para dar oportunidade aos negros”, explica Tiago Ferreira, integrante do Bacnaré.