Doação de órgãos
No Brasil, para ser doador de órgãos não é necessário deixar nada por escrito. Basta comunicar o seu desejo de ser um doador de órgãos à sua família. O desejo é seu, a decisão é deles. A doação só acontece após a autorização familiar documentada.
Agora, se você quiser deixar sua vontade registrada também pode, é só seguir o passo a passo abaixo:
- Acesse o site www.aedo.org.br ou o aplicativo e-Notariado disponível para Android e iOS.
- Solicite um certificado digital notarizado se ainda não tiver um.
- Preencha o formulário indicando quais órgãos você gostaria de doar.
- Após o preenchimento, selecione o cartório que irá providenciar a autorização eletrônica de doação de órgãos.
- A autorização ficará disponível para consulta via CPF pelos responsáveis do Sistema Nacional de Transplantes.
Esses passos garantem que sua vontade de ser doador de órgãos seja registrada de forma acessível e transparente, lembrando que ainda assim precisará da autorização da sua família.
Tipos de doadores:
Doador vivo
É qualquer pessoa saudável que concorde com a doação de rim ou medula óssea e, ocasionalmente, com o transplante de parte do fígado ou do pulmão, para um de seus familiares. Para doadores não parentes, há necessidade de autorização judicial.
Doador falecido
Paciente internado usando respirador, com diagnóstico de morte encefálica. Podem ser doados rins, coração, pulmões, fígado, pâncreas e também tecidos, como, ossos, tendões, córneas, pele e valvas cardíacas. Um único doador pode salvar muitas vidas!
Morte encefálica é a perda irreversível das funções cerebrais, inclusive com a perda da capacidade de respirar. Morte encefálica equivale a morte, entretanto, o coração continua batendo por um tempo, e é nesse período que os órgãos podem ser utilizados para transplante. Essa condição pode ocorrer em decorrência de situações como o traumatismo craniano, acidente vascular encefálico, infecções do sistema nervoso central, tumores cerebrais.
O diagnóstico de morte encefálica faz parte da legislação nacional e do Conselho Federal de Medicina. Dois médicos de diferentes áreas examinam o paciente e fazem o diagnóstico. Além disso, o diagnóstico de morte encefálica é confirmado por um exame complementar (doppler transcraniano, arteriografia, eletroencefalograma) que comprova que o encéfalo não funciona mais.
Os órgãos doados são destinados a pacientes que necessitam de transplante e estão aguardando em uma lista única de espera – No Brasil são mais de 73 mil pessoas nessa lista, aguardando uma doação. Esta lista é fiscalizada pelo Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde e Centrais Estaduais de Transplantes. A seleção de um paciente que aguarda por um transplante, ocorre com base na gravidade de sua doença, tempo de espera em lista, tipo sanguíneo, compatibilidade anatômica com o órgão doado e outras informações médicas importantes. Todo o processo de seleção dos potenciais receptores é seguro, justo e transparente.
A retirada dos órgãos e tecidos é realizada no centro cirúrgico do hospital e não causa nenhuma mutilação do corpo. O corpo do doador pode ser velado normalmente, pois não apresenta deformidades.
- Central Estadual de Transplantes do Estado do Paraná
Curitiba (41) 3304-1900
E-mail: sesatran@sesa.pr.gov.br
- Ministério da Saúde
- Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante - CIHDOTT/CHC-UFPR
(41) 3360-1800 - Ramais: 6851 e 9311
E-mail: cihdott.chc-ufpr@ebserh.gov.br